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22 de novembro de 2024

Direto do Observatório Lunar Vaz Tolentino: Mare CRISIUM

MARE CRISIUM– diâmetro: 555 Km.

Coordenadas Selenográficas: LAT: 17° 00? 00? N,  LON: 59° 06? 00? E.

Foto nos mapas LAC 44 e LAC 62.

Melhor época para observação: 3 dias após à fase “Lua nova” ou 2 dias depois da fase “Lua cheia”.

Período Geológico Lunar: Nectárico  (-3,92 bilhões a -3,85 bilhões de anos atrás).

Mare CRISIUM é o único mar do lado visível da Lua, que tem suas lavas basálticas totalmente “cercadas” ou circundadas por “terras altas”. Mare CRISIUM é isolado de todos os outros “mares” lunares, podendo ser visível mesmo a olho nu.

Acredita-se que o Mare CRISIUM tenha sido criado pelo impacto de um meteoro ou cometa com cerca de 25 Km de diâmetro, que atingiu o quadrante nordeste da Lua, ha aproximadamente 3,9 ou 3,85 bilhões de anos atrás.

Mare CRISIUM sofreu poucos impactos de grande porte subsequentes, sendo que, em sua enorme área de lava predominantemente profunda, só abriga algumas crateras antigas. As mais importantes são YERKES e LICK que, excepcionalmente, foram formadas num banco raso ou região rasa em lava, que é marcada por um anel de cristas grosseiramente concêntrico, por sobre a lava.

A borda do Mare CRISIUM apresenta-se cercada por montanhas conhecidas como maciços.

Mare Crisium que tem 176.000 Km2 de área é, na realidade, uma bacia criada por impacto e que foi inundada por lava basáltica, que escaparam pelas fissuras causadas na crosta pelo massivo impacto. Situa-se a nordeste do Mare Tranquillitatis. O piso de sua superfície tem aspecto liso e plano. Suas bordas têm aspecto rugoso através do exterior de suas fronteiras.

Dentro de seu perímetro existem algumas crateras, dentre as quais cito a Picard (diâmetro: 22 Km, Lat: 14.6º N  Long: 54.7º E), a fantasma Yerkes (diâmetro: 36 Km, Lat: 14.6º N  Long: 51.7º E), Peirce (diâmetro: 18 Km, Lat: 18.3º N  Long: 53.5º E), a fantasma Lick (diâmetro: 31 Km, Lat: 12.4ºN   Long: 52.7ºE),  Greaves (diâmetro: 13 Km, Lat: 13.2º N  Long: 52.7º E) e Swift (diâmetro: 10 Km, Lat: 19.3º N  Long: 53.4º E).

Existem outras tipos de formação geológica no Mare Crisium, dentre as quais cito o Dorsum (espinhaço ou crista sinuosa tectonicamente formada por resfriamento e contração das lavas, também conhecida como Dorsa) Oppel (comprimento: 268 Km, Lat: 18.7º N  Long: 52.6º E), Dorsum Termier (comprimento: 90 Km, Lat: 11.0 º N  Long: 58.0 º E), Dorsa Harker (comprimento: 197 Km, Lat: 14.5 º N  Long: 64.0 º E) e Dorsa Tetyaev (comprimento: 176 Km, Lat: 19.9º N  Long:64.2º E).

No interior do Mare Crisium, no lado sudeste, próximo à borda, foi o local onde a sonda da antiga União Soviética Luna 15 chocou-se com a Lua.

Ao norte do Mare Crisium está a grande cratera Cleomedes (diâmetro: 125 Km, Lat: 27.7 º N  Long: 56.0 º E). Ela está cercada por região rica em crateras de impacto. Sua borda noroeste foi invadida pela cratera Tralles (diâmetro: 43 Km, Lat: 28.4 º N  Long: 52.8 º E). A superfície de Cleomedes é quase plano, com um pequeno pico ao norte do ponto central.

Dados técnicos da foto:

Autor:

Ricardo José Vaz Tolentino.

Date and Time:      

03/10/2012, 04:15 UT        

Data e Hora:            

10/03/2012, 01h15m;

Foto com apenas 1 frame, sem longa exposição ou “empilhamento”. Não foram utilizados filtros.

Telescópio:                        

Refletor Dobsoniano SkyWatcher Collapsible Truss-Tube;

Diâmetro Espelho Primário:      

305mm (12”);

Distância Focal:                 

1500mm;

Focal/Ratio – (f/):               

5;

Tripé ou Montagem:                     

Dobsoniana;

Barlow:                                

Celestron Ultima 2X Barlow;

Câmera:                               

Orion StarShoot Solar System Color Imager III;

Para mais imagens da Lua e maiores informações sobre astronomia e sobre ciências em geral visitem o site do Observatório Lunar Vaz Tolentino na internet. Visitem: www.vaztolentino.com.br.

Fonte:

www.vaztolentino.com.br

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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