Notícias diretas do Grande colisor de Hádrons (LHC) onde pequenas partículas de matéria estão sendo chocadas umas contra as outras em uma fração de segundos na velocidade da luz, dizem que o equipamento está funcionando muito bem e respondendo às expectativas.
“Tudo parece muito bem. Nós estamos coletando uma massa impressionante de dados para serem analisados nos laboratórios ao redor do mundo, em um trabalho que pode durar de meses a anos para se ter algo de concreto”, diz James Gillies, porta-voz do CERN.
Os cientistas do CERN estão conseguindo rodar o acelerador de partículas com sucesso já por duas semanas com carga máxima, isso é importante, pois se lembrarmos em 2008, o LHC foi colocado em operação, rodando com potência menor e em 10 dias teve problema de conexão entre os eletroímãs. Os cientistas estão conseguindo registrar 100 colisões por segundo de partículas fundamentais, o que é dobro de colisões registradas no primeiro dia de funcionamento do LHC. OS feixes de partículas foram inseridos no LHC gerando uma energia total de 7 tera elétron volts (TeV) em 30 de Março de 2010, no que os cientistas chamaram de um grande passo para a pesquisa cósmica.
Com essa energia, dizem os cientistas do CERN que eles já conseguiram com as colisões gerar 10000 simulações em pequena escala do Big Bang, a explosão inicial ocorrida a 13.7 bilhões de anos atrás e que deu origem a tudo que observamos no cosmos hoje – galáxias, estrelas, planetas e eventualmente a vida.
Registrando como as partículas se comportam após as colisões, os pesquisadores do CERN esperam revelar segredos do cosmos como a matéria escura e o por que a matéria ganha massa e se existem outras dimensões além das quatro já conhecidas.
Os cientistas também irão buscar pistas, porém só depois da energia do impacto ser dobrada para 14 TeV em 2013 sobre idéias de universos paralelos, famosas nos filmes de ficção científica. Com o LHC eles poderão definir se existe uma base realista para essas idéias.
Essa idéia, além da proposta de dimensões extras, figuram marginalmente nos postulados da teoria das cordas – que sugere que os ingredientes básicos do cosmos estão dispostos em pequenas cordas de matéria – que os cientistas vem tentando entender a anos.
A teoria também propõe a idéia da supersimetria, onde cada partícula possui uma partícula invisível na sua sombra – um fenômeno que poderia explicar por que a matéria escura constitui 25% do universo enquanto que a parte visível é só de 5%.
Todas essas propostas e repostas, dizem os físicos das cordas, mostrando-se corretas podem fornecer uma grande contribuição para a chamada teoria do tudo, que resolveria as contradições entre a moderna teoria quântica e a teoria geral da relatividade de Einstein.
Fonte:
http://www.reuters.com/article/slideshow?articleId=USTRE62T1LE20100407#a=1