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Os Perseidas Estão Chegando – 10 Fatos Curiosos Sobre os Detritos do Cometa Swift-Tuttle

Todo o mês de Agosto, o céu noturno apresenta junto com os seus objetos mais tradicionais, pequenos pedaços de detritos de um cometa no que nós chamamos da chuva de meteoros anual dos Perseidas. Os Perseidas são pedaços do cometa Swift-Tuttle e as vezes é considerada a chuva de meteoros mais espetacular do ano.

Aqui estão 10 fatos curiosos que você pode usar como conversa em qualquer lugar, para impressionar alguém ou mesmo para ter como conhecimento sobre os Perseidas.

Os meteoroides Perseidas, como são chamados enquanto ainda estão no espaço, são rápidos. Eles entram na atmosfera da Terra, e então passam a ser chamados de meteoros, a uma velocidade de aproximadamente 60 km/s com relação ao planeta. A maior parte deles é do tamanho de um grão de areia, alguns poucos são grandes como pedaços de rochas. Poucos atingem o solo, mas se um deles chegar a atingir o solo então são chamados de meteoritos.

O cometa Swift-Tuttle cujos detritos criam os Perseidas, é o maior objeto conhecido a fazer repedidas passagens próximas da Terra. Seu núcleo tem aproximadamente 9.7 km de diâmetro, mais ou menos igual ao objeto que caiu na Terra e ajudou na extinção dos dinossauros.

Voltando para o início dos anos de 1990, o astrônomo Brian Marsden calculou que o Swift-Tuttle poderia na verdade atingir a Terra em uma passagem futura. Com o advento de mais observações, essa possibilidade de colisão foi eliminada. Marsden descobriu, contudo, que o cometa e a Terra podem experimentar um encontro bem próximo, algo em torno de um milhão de milhas de distância, no ano de 3044.

Quando uma partícula dos Perseidas entra na atmosfera, ela comprimi o ar na frente que é então aquecido. O meteoro, por sua vez, pode ser aquecido a mais de 1650 ?C. O intenso calor vaporiza grande parte dos meteoros, criando o que nós chamamos de estrelas cadentes. A maior parte se torna visível por volta de 97 km de altura. Alguns meteoros maiores causam um brilho maior e são chamados de bolas de fogo, e algumas vezes a explosão pode até ser ouvida no solo.

O cometa Swift-Tuttle possui muitos parentes. A maior parte deles são originados na chamada distante nuvem de Oort, que se estende até aproximadamente metade do caminho até a próxima estrela. A grande maioria nunca visita o Sistema Solar interno. Mas alguns, como o Swift-Tuttle, são perturbados gravitacionalmente entrando em novas trajetórias, perturbação essa provavelmente causada pela gravidade de uma estrela passando longe.

Os meteoroides Perseidas, estão separados por uma distância aproximada entre 60 e 100 milhas, mesmo nas partes mais densas do rio de detritos deixado para trás pelo cometa Swift-Tuttle. Esse rio, de fato, é mais parecido com várias correntes, cada uma depositada durante uma diferente passagem do cometa que tem uma órbita de 130 anos ao redor do Sol. O material deriva através do espaço, e de fato, orbita o Sol seguindo a mesma passagem do cometa enquanto vais sendo dispersado com o passar do tempo.

À medida que a Terra gira, a sua face frontal a órbita ao redor do Sol tende a receber mais detritos espaciais. Essa parte do céu está diretamente sobre as nossas cabeças no amanhecer. Por essa razão, os Perseidas e outras chuvas de meteoros, e também meteoros aleatórios são normalmente melhor observados em horas antes do amanhecer.

O cometa Swift-Tuttle foi visto pela última vez em 1992, uma passagem não muito espetacular pelo Sistema Solar interno, que precisou de binóculos para ser observado. Antes disso, ele foi visto no ano de sua descoberta, pelos astrônomos americanos Lewis Swift e Horace Tuttle em 1862.

A órbita do Swift-Tuttle tem sido traçada a mais de 2000 anos e agora sabe-se que ele é o mesmo cometa observado em 188 DC e possivelmente o mesmo observado em 69 AC.

O cometa Swift-Tuttle deve retornar em 2126 e os astrônomos que dessa vez ele pode aparecer de forma espetacular no céu como o Hale-Bopp. Se os cálculos históricos estiverem corretos, então a aparição de 2126 marcará o terceiro milênio de observação do cometa.

Fonte:

http://www.space.com/12592-top-10-perseid-meteor-shower-facts.html

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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