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As Nuvens de Hidrogênio Ionizado da Grande Nuvem de Magalhães

A imagem acima mostra uma visão fascinante do céu do hemisfério sul do planeta Terra, com a Grande Nuvem de Magalhães, ou LMC, sendo mostrada num belo mosaico obtido através de imagens feitas por um telescópio. Para criar esse mosaico foram usadas imagens obtidas com filtros de banda larga e estreita e o mosaico final se espalha por cerca de 5 graus, o equivalente 10 Luas Cheias. Os filtros de banda estreita são desenhados para transmitir somente a luz emitida pelos átomos de hidrogênio e oxigênio. Os átomos são ionizados pela luz energética das estrelas e emitem sua luz característica à medida que os elétrons são recapturados e os átomos são então transpostos para um estado de menor energia. Como resultado de todo esse processo, nessa imagem da LMC é possível ver muitas nuvens de gás ionizado ao redor de estrelas jovens e massivas. Esculpidas pelos fortes ventos estelares e pela radiação ultravioleta, as nuvens brilhantes, são dominadas pela emissão de hidrogênio, conhecido como regiões H II, de hidrogênio ionizado. Composta por muitas regiões H II sobrepostas, a Nebulosa da Tarântula é a grande região de formação de estrelas observada na parte esquerda da imagem. Considerada a maior galáxia satélite da Via Láctea, a LMC, tem cerca de 15 mil anos-luz de diâmetro e localiza-se a cerca de 160 mil anos-luz de distância da Terra, na direção da constelação de Dorado.

Fonte:

https://apod.nasa.gov/apod/ap180119.html

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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