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Direto do Observatório Lunar Vaz Tolentino: Cratera COPERNICUS No Terminadouro

Cratera COPERNICUS no terminadouro (terminator).

(créditos: Tolentino.)

Cratera COPERNICUS– Cratera com 93 Km (58 milhas) de diâmetro externo. 

Coordenadas Selenográficas: Lat: 9.7º N  Long: 20.1º W.

Diâmetro: 93 Km;

Profundidade: 3,8 Km.

Foto no mapa: LAC 58.

Melhor época para observação: 2 dias após a fase “quarto crescente” ou 1 dia após a fase “quarto minguante”.

Quem foi Nicolaus Copernicus ? Astrônomo polonês da renascença (1473-1543). Combateu o geocentrismo (a Terra como o centro do universo) formulando o modelo heliocentrico (o Sol como centro do Universo com Terra e os planetas girando ao seu redor). Retirou a Terra do centro do Universo.

Copernicus é uma cratera relativamente jovem, com cerca de 1 bilhão de anos. Essa espetacular cratera de impacto possui um sistema de “raios brilhantes” (raios de material de alto albedo criados por escombros ejetados durante o impacto) que se estende por até 800 Km em todas as direções. É uma das mais proeminentes e famosas crateras de impacto da superfície lunar. Não é uma cratera com o perímetro perfeitamente circular. Na realidade sua circunferência é definida por uma seqüência de 7 segmentos relativamente retos. As bordas externas que circundam a cratera formam uma espécie de “fortificação” com paredes escarpadas e inclinadas, criadas pelos escombros do impacto.

Existem na superfície circundante de Copernicus uma série de minúsculas crateras secundárias, que foram causadas por materiais lançados na redondeza durante o grande impacto que criou Copernicus.

Copernicus é um alvo fácil para telescópios e fica perto do centro do disco lunar, junto da margem sul externa do Mare Imbrium. Após o impacto do asteróide que criou Copernicus há cerca de 1 bilhão de anos atrás, suas paredes internas desabaram, criando encostas que formaram espécies de “degraus” ou  “curvas de nível” (walls in terraces).

Quando o Sol ilumina verticalmente Copernicus, podemos observar o piso interior plano (diâmetro da parte interna com 56 Km ou 35 milhas) e os protuberantes montes quase centrais, com 900 metros de altura. Os montes ascenderam quando as rochas da crosta lunar foram comprimidas pelo poderoso impacto que criou Copernicus e reagiram com uma espécie de ricochete (ação e reação). Os montes no interior da cratera contém material com origem provável de 5 a 10 Km abaixo da superfície.

Foto com apenas 1 frame em 29? de ?maio? de ?2012, ??20h10m.

Telescópio SkyWatcher Collapsible Truss-Tube DOB 12″ + Barlow Celestron Ultima 2X + Câmera Orion StarShoot Solar System Color Imager III.

Não deixem de visitar na internet o site oficial do Observatório Lunar Vaz Tolentino na internet onde é possível encontrar centenas de imagens além de muitas informações sobre astronomia e ciência em geral. Visitem o remodelado site: www.vaztolentino.com.br

Fonte:

www.vaztolentino.com.br

 

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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