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18 de dezembro de 2024

Voluntários Chineses Passam 200 Dias Em Base Lunar Virtual

Estudantes chineses passaram 200 dias contínuos num laboratório lunar em Beijing, como preparativos do país para seu objetivo de longo prazo de colocar pessoas na Lua.

Quatro estudantes, dividiram um habitat de 160 metros quadrados, que na verdade é uma cabine, chamada de Yuegong-1, ou o “Palácio Lunar”, no campus da Universidade de Beijing, testando os limites da habilidade humana de viver num espaço limitado.

Os voluntários viveram no laboratório para simular, uma missão espacial de longo prazo sem nenhuma ajuda do mundo externo.

A experiência testou tudo ao limite máximo, inclusive nas três ocasiões em que o laboratório experimentou blackouts.

A experiência foi feita para desafiar o sistema e o estado psicológico dos voluntários.

A instalação trata o lixo humano com o processo de biofermentação, e os voluntários plantaram vegetais e outros tipos de comida com a ajuda de outras comidas e de lixos dos bioprodutos.

Dois homens e duas mulheres entraram na cabine para uma estadia inicial de 60 dias. Eles então foram trocados por um outro grupo de 4 pessoas que ficou 200 dias na cabine.

O grupo inicial irá retornar agora para mais 105 dias de estadia.

O “Palácio Lunar” tem dois módulos de cultivo de plantas e uma cabine de vivência: um local de 42 metros quadrados contendo 4 cubículos para se dormir, uma sala comum, um banheiro, uma sala de tratamento do lixo e uma sala para tratar de animais.

A China não pretende pousar seus primeiros astronautas na Lua antes da próxima década, mas o projeto procura ajudar o país a preparar os exploradores lunares para longas estadias na superfície.

A China está gastando bilhões no seu programa militar-espacial e trabalhando duramente para alcançar os EUA e a Europa, com a esperança de ter sua primeira tripulação lunar em 2022.

A Rússia e os EUA também estão realizando experimentos para simular as condições de longa estadia no espaço tanto para viagens espaciais como para viver em Marte.

Beijing vê o programa como um símbolo de que o progresso do país é um marco da sua posição global, embora a China esteja replicando as atividades que os EUA e a Rússia fizeram de forma pioneira décadas atrás.

Fonte:

https://phys.org/news/2018-01-chinese-volunteers-days-virtual-moon.html

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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