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24 de dezembro de 2024

VLTI Revisita a Maior Hipergigante Amarela Descoberta Até Hoje

Pode não parecer grande coisa, mas esta mancha gorda mostra a notável estrela chamada V766 Centauri (V766 Cen) e a sua companheira próxima. Esta estrela foi estudada e classificada pela primeira vez há alguns anos atrás por pesquisadores que usaram o Interferômetro do Very Large Telescope do ESO (VLTI), quando se descobriu que este objeto era uma hipergigante amarela, um tipo extremamente raro de estrela muito massiva e luminosa e extremamente grande! Com mais de 1400 vezes o diâmetro do Sol, V766 Cen não é apenas a maior estrela do seu tipo descoberta até hoje, é também uma das dez maiores já descobertas.

No entanto, um estudo recente sugeriu que V766 Cen estaria na fase anterior à de uma hipergigante amarela: uma supergigante vermelha evoluída perdendo massa tão depressa que eventualmente fará de novo a transição para uma supergigante amarela mais quente durante um curto período de tempo. De qualquer modo, esta estrela é um verdadeiro monstro e de grande interesse para os cientistas que querem saber mais sobre esta fase rara do ciclo de vida das estrelas.

Uma equipe de astrônomos usou de novo o VLTI para estudar V766 Cen com maior detalhe. Usando a rede dos quatro Telescópios Auxiliares e um instrumento montado no VLTI chamado PIONER (Precision Integrated-Optics Near-infrared Imaging ExpeRiment), a equipe obteve imagens de grande precisão de V766 Centauri e da sua companheira. Os cientistas descobriram que esta companheira é menor e mais fria que a sua parceira — provavelmente uma gigante ou supergigante fria com um raio de cerca de 650 vezes o do Sol. Pensa-se que as estrelas massivas têm tipicamente companheiras próximas, as quais desempenham um papel importante nos processos de evolução estelar.

Esta Foto da Semana mostra V766 Cen vista em três períodos de tempo diferentes. Na realidade, as imagens contêm tanto V766 Cen como a sua companheira — na primeira imagem a companheira passa por trás de V766 Cen, mas na segunda e terceira imagens a companheira está passando em frente e pode ser vista como uma mancha brilhante.

Fonte:

http://www.eso.org/public/brazil/images/potw1740a/

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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