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24 de dezembro de 2024

Vales de Erosão nas Paredes de Uma Cratera Lunar

Um grande número de vales de erosão são observados na parede interior da Moore F no lado distante da Lua. A cratera mede 23.7 quilômetros de diâmetro e é relativamente jovem, como fica evidenciado pela brilhante ejeção e pela morfologia pura. Numerosos vales são observados se estendendo na parede interior da cratera. A feição mostrada aqui é mais nova ainda com um assoalho suave composto de material brilhante. Os vales possuem aproximadamente 810 metros de comprimento, possuindo largura variável, em torno de 140 metros próximo do topo, se estreitando até 105 metros na parte intermediária e então se alargando mais na base até 200 metros.

Alguns outros vales mais velhos, ocorrem ao longo da parede da cratera na direção norte e sul da feição. Todos eles parecem começar aproximadamente no mesmo nível da parede da cratera, uma área marcada pelo que parece ser afloramentos descontínuos de embasamento. As feições mais antigas são mais escuras, com um albedo similar ao do terreno ao redor, e isso é oposto ao dessa feição que tem um albedo consideravelmente brilhante.

Essas feições lembram feições encontradas em Marte. As feições marcianas sugerem que tenham sido formadas pelo lançamento de água ao longo do penhasco causando a erosão dos vales. Nesses exemplos lunares, é bem improvável que que a água tenha existido. De forma presumida as feições são resultado de fluxos de detritos secos de grãos finos e de material instável. Uma vez mobilizados, o fluxo granular seco se alarga depositando em forma de leque. Aqui, o material se estende por mais de 1 km, na direção do vale.

Fonte:

http://lroc.sese.asu.edu/news/index.php?/archives/310-Erosional-trough-on-crater-wall.html

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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