Bem no centro do famoso Campo de Fiori em Roma, está uma estátua do filósofo Giordano Bruno. Bruno afirmou que Deus estava presente na natureza e que o universo e a vida eram infinitas. A Igreja Católica o queimou numa fogueira, bem onde a estátua está hoje. Bruno e a sua heresia mortal foi o grande foco de Neil deGrasse Tyson, no episódio de estreia da série Cosmos: A Spacetime Odyssey.
“A opinião geral não é sempre a verdade perfeita…”, disse Giodano Bruno. Tais observações produziram consequências graves: No dia 17 de Fevereiro de 1600 ele foi publicamente queimado depois de oito anos preso sob tortura. Hoje, a Piazza Campo Dei Fiori, onde a estátua está situada se tornou um monumento ao pensamento livre. Adjacente à estátua, está a livraria Fahrenheit 451, denominada assim em homenagem à novela de 1953 de Ray Bradbury, onde a liberdade de pensamento era exposta.
Como a física espanhola Beatriz Gato-Rivera, escreveu, Bruno “clamou que o Sol era somente uma estrela entre as muitas milhares, e assim, como o Sol, muitas outras tinham planetas ao seu redor e por consequência seres habitando esses planetas”. Gato-Rivera, nota que para “apreciar a geniosidade de Bruno deve-se considerar que ele viveu num tempo quando mais de 90% dos intelectuais acreditavam que a Terra estava no centro do Universo, e poucos, como Copérnico e Galileu, acreditavam que o Sol é que estava no centro do Universo, e as estrelas eram corpos celestes brilhantes de uma natureza desconhecida”.
No dia 18 de Fevereiro de 2000, o Cardeal Angelo Sodano, o subsecretário do estado do Vaticano, expressou o “profundo pesar” da Igreja Católica (de acordo com a agência Zenith News com respeito à sentença de morte contra Giordano Bruno), em uma carta para os participantes de um congresso em Nápoles, que teve lugar para a memória desse filósofo italiano no congresso teológico local 2000. Essa foi uma morte terrível, escreveu o cardeal 400 anos depois, “um episódio triste na nova história Cristã”.
Em honra a Bruno, um laboratório espacial da Missão Darwin da ESA – irá expandir dramaticamente a habilidade da humanidade, para cientificamente testar a visão de Bruno de que a vida é pervasiva através do universo. A pesquisa está alinhada com a descoberta nos últimos anos de mais de 1000 exoplanetas.
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