A imagem colorida da Lua, apresentada acima foi conseguida por meio do uso de uma técnica original. Para isso foram combinados negativos coloridos de fotos antigas anteriores à era digital da fotografia com imagens em preto e branco recentes, feitas durante a última lunação. Pelo fato da libração ser obviamente diferente, algumas transformações geométricas precisaram ser aplicadas para que as imagens coloridas se ajustassem às imagens em preto e branco. A precisão do resultado foi alcançada por meio da comparação entre as imagens obtidas com os mapas coloridos obtidos pela sonda Clementine. O que podemos notar, por mais estranho que pareça ser é que as cores observadas são na verdade relacionadas com as diferenças físicas na mineralogia da superfície da Lua e da história da Lua. Resumindo, as duas cores mais salientes representam as assinaturas do titânio (azul) e do ferro (vermelho). Alguns traços apagados amarelos e vermelhos testemunham a presença de piroxênio e olivina. O halo azul que aparece ao redor das crateras jovens se deve provavelmente ao material rico em titânio e que foi escavado pelo impacto. Isso também explica por que alguns materiais ejetados exibem uma coloração azulada. Diferenças na concentração relativa de ferro e titânio estão também relacionadas com a idade das formações. As terras altas da Lua são constituídas na sua maioria de anortosita, sendo vermelha para formações mais velhas com 4.5 bilhões de anos ou azul para formações mais jovens. De 3.9 a 1 bilhão de anos, os mares lunares formados por material rico em basalto, com concentração variável de titânio explica a variação nas cores: amarelo ou laranja para a baixa concentração de titânio e azul para a alta concentração de titânio.
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