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Uma Espessa Pilha de Detritos na Lua

A imagem acima animada mostra algo como se tivesse um Sol indeciso não sabendo se nasce ou se se põe. Vamos tentar ignorar o desvio das sombras e focar nossa observação nos Apennines. A incidência do Sol em um ângulo baixo brilha através de muitos diferentes pedaços de rochas, na verdade montanhas, que foram ejetadas a partir do impacto que cavou um buraco gigantesco na Lua, buraco esse que se tornou a bacia de impacto Imbrium. Um estudo realizado nos anos 1970, estimou que para pequenas crateras de impacto, aproximadamente  metade da altura de seus anéis foi formada devido à queda de material ejetado da formação de uma cratera maior, enquanto que a outra metade foi formada graças ao rebote  da borda do buraco. Extrapolando isso para a Imbrium pode-se estimar que entre 2 a 2.5 km da espessura dos Apennines Front, os picos mais altos da escarpa, foram formados por queda de material ejetado. Note que de 3 a 4 depressões arredondadas e arcos localizados nas costas dos Apennines, essas crateras podem ter sido formadas antes da Imbrium eu foram inundadas e na sua maioria obliterada pela queda de material ejetado.

Fonte:

https://lpod.wikispaces.com/April+15%2C+2012

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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