O Telescópio Espacial Hubble das Agências Espaciais NASA e ESA oferece essa bela imagem do aglomerado estelar conhecido como Messier 68, uma região esférica do espaço conhecida como aglomerado globular. A atração gravitacional entre as centenas de milhares ou mesmo milhões de estrelas do aglomerado mantêm os membros estelares unidos, permitindo que os aglomerados globulares permaneçam juntos por muitos bilhões de anos.
Os astrônomos podem medir as idades dos aglomerados globulares observando a luz das estrelas que o constituem. Os elementos químicos deixam assinaturas nessa luz, e a luz das estrelas revela que as estrelas dos aglomerados globulares tipicamente contêm menos elementos pesados como o carbono, oxigênio, e ferro, do que estrelas como o Sol. Como as gerações de estrelas sucessivas criam esses elementos através da fusão nuclear, as estrelas tendo poucos deles são relíquias de épocas anteriores do universo. Na verdade, as estrelas nos aglomerados globulares estão entre as mais velhas do universo, com idade superior a 10 bilhões de anos.
Mais de 150 desses objetos circundam a Via Láctea. Em escala galáctica, os aglomerados globulares não são grandes. No caso do Messier 68, as estrelas que o constitui se espalham por um volume do espaço com um diâmetro de pouco mais de cem anos-luz. O disco da Via Láctea, por outro lado, se espalha por 100000 anos-luz ou mais.
O Messier 68 está localizado a aproximadamente 33000 anos-luz da Terra, na constelação de Hydra (A Cobra Fêmea da Água). O astrônomo francês Charles Messier notou o objeto como sendo a sexagésima oitava entrada de seu famoso catálogo em 1780.
Já o Hubble, adicionou o Messier 68 a sua própria lista de alvos cósmicos nessa imagem usando a Wide Field Camera da Advanced Camera for Surveys do Hubble. A imagem, que combina a luz visível com a luz infravermelha, tem um campo de visão de aproximadamente 3.4 por 3.4 arcos de minuto.
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