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Uma Cratera De Banco Recente É Identificada no Mare Procellarum na Lua


Crateras de banco se formam em terrenos onde duas camadas existem com uma substancial diferença de força. Na Lua, isso é normalmente interpretado como o regolito mais fraco cobrindo uma rocha de embasamento mais coesa. Pelo fato de uma energia menor ser necessária para penetrar o regolito do que para penetrar a rocha de embasamento, a cratera desenvolve um banco na borda entre o regolito e a rocha de embasamento. Usando isso como base para interpretações, nós podemos estimar a profundidade do regolito. No caso da imagem aqui postada hoje, nós podemos interpretar que uma fina camada de regolito está cobrindo as camadas de depósitos de mares dentro do Oceanus Procellarum.

Mas como a espessura do regolito pode ser estimada de uma cratera? O regolito é criado à medida que pequenos pedaços são remexidos no topo da camada de uma superfície. À medida que impactos maiores ocorre, o regolito aumenta sua espessura. Contudo, eventos de impacto não são uniformemente distribuídos, e a espessura do regolito pode variar em uma pequena área. Uma maneira mais precisa de se determinar a espessura do regolito é documentar todas as crateras de banco em uma determinada área. A partir desses dados, pode-se criar um mapa de isópacas mostrando a espessura do regolito na região.

Fonte:

http://lroc.sese.asu.edu/news/index.php?/archives/496-Fresh-Bench-Crater-in-Oceanus-Procellarum.html


Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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