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Uma Análise Sobre o Mare Smythii na Lua Usando Ferramentas Computacionais Disponíveis On-Line

Hoje, com a tecnologia e com os recursos existentes é possível estudar a Lua com detalhes nunca antes visto. Acima está um exemplo disso. A imagem da direita foi feita usando uma ferramenta computacional chamada de Ferramenta de Visualização do Terminador da Lua (LTVT), que pode ser baixado nesse endereço (http://ltvt.wikispaces.com/LTVT) e foi obtida com o objetivo de destacar o Mare Smythii. Essa imagem também foi usada pelo pesquisador como textura para a construção do Modelo Digital de Terreno dentro do sistema LTVT. Apesar de perder resolução em alguns lugares, pôde-se observar a partir dessa imagem que o Mare Smythii tem uma forma ligeiramente hexagonal, algo difícil de ser observado em geral em bacias na Lua, uma grande cratera que possui esse formato é a Walther. Já a imagem da esquerda foi obtida de outra ferramenta computacional o Iliads (http://pub.lmmp.nasa.gov/LMMPUI/LMMP_CLIENT/LMMP.html) que mostra a imagem  da bacia usando para isso mapas de contorno combinado com informações sobre a inclinação das feições na superfície. Isso mostra muito bem os anéis que formam a bacia. E com isso pode-se perceber que ela aparentemente é alongada em direção nordeste. Como o Mare Crisium que tem uma forma alongada também, esse tipo de feição na Lua é gerada  por impactos oblíquos. Nesse caso, pode-se pensar que o projétil que se chocou com a Lua veio de sudoeste com um ângulo de 220 graus de azimute. A parte mais espessa do mar está na porção nordeste que provavelmente tinha a crosta mais fina e a parte mais profunda da cavidade inicial provocada pelo impacto.

Fonte:

https://lpod.wikispaces.com/June+25%2C+2011

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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