Essas duas crateras na Lua já foram inúmeras vezes observadas, principalmente de forma separadas, mas a observação conjunta de ambas as feições nos convida a fazer comparações sobre os processos e modificações que elas sofreram com o passar do tempo. A cratera Ptolomeus (na esquerda) e a Albategnius (na direita) são ambas complexas crateras grandes. Com diâmetros de 158 km e de 131 km respectivamente, ambas deveriam parecer muito com a cratera Langrenus com seus 131 km de largura (figura abaixo). Cada uma teria se formado com uma série de deslizamento de terraços desde a crista do seus anéis que se erguem a alturas de aproximadamente 4.5 km acima do interior plano, que possui um grupo de picos aproximadamente no centro com altura de 3 a 3.5 km acima da superfície. As duas crateras aqui parecem bem diferentes do modelo ideal da Langrenus, o que mais aparece como diferença é o fato delas não serem profundas e consequentemente seus interiores serem mais largos do que o da cratera jovem. A cratera Ptolomeus é mais fortemente modificada, seus interior foi preenchido com material ejetado da Imbrium e por outros materiais que os picos centrais e todos os terraços enterraram. Com uma profundidade de 2.4 km, o preenchimento tem provavelmente entre 2 e 2.5 km de espessura. A cratera Albategnius é muito mais profunda (3.5 km) e consequentemente a maior parte das suas paredes e o mais massivo de seus picos centrais ainda são feições visíveis. Sismos (da formação da Imbrium e da cratera posterior Klein em seu anel) agitou a maior parte dos terraços, mas algumas estruturas remanescentes ainda podem ser identificadas na parede sudeste. E o pico ainda é visível pois a sua altura inicial de 3 km somente é coberta pela metade por meio do preenchimento da cratera. O fato do pico estar deslocado do centro sempre parece algo suspeito, mas os picos da Copernicus parecem idênticos, se o preenchimento reduzisse a profundidade da cratera pela metade. Uma maneira boa de comparar as feições observadas na Lua é ao observar uma cratera velha, procurar também observar uma cratera de mesmo diâmetro mais jovem e ver se é possível identificar quais os processos que podem explicar as modificações observadas nas mais velhas.
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