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Um X Marca o Ponto em Marte

O vento, a areia e a poeira têm um papel importante em dar forma à superfície das regiões montanhosas de Marte. Largas extensões de dunas de areia, formadas pelos ventos que sopram preferencialmente na direção noroeste, dominam os vales rasos mostrados na imagem acima. Esse tipo de duna de areia é chamado de duna transversal. Elas são formadas por ventos constantes que sopram numa certa direção. A feição mais proeminente na imagem é a forma de X ao longo de uma grande duna no centro da imagem. Essa duna é um pouco diferente das outras na imagem. Ela é longa e estreita, fluindo na direção do vento. Os cientistas chamam essas dunas de dunas longitudinais.

O X e outras marcas escuras especialmente perto do topo da imagem mostram a passagem das poeiras fantasmas. As poeiras fantasmas também ocorrem na Terra. Esses fortes redemoinhos bem formados são como pequenos tornados. Eles giram verticalmente colunas de ar formados quando o ar quente da superfície se choca com o ar frio acima. A coluna de ar pode começar a girar. Quando isso acontece, o ar mais quente é sugado da área ao redor fazendo com que o redemoinho ganhe força. O ar frio ao redor contém uma coluna de aquecida que gira. Em Marte, as poeiras fantasmas em rotação retiram a fina poeira do solo deinxando a areia mais escura para trás que mostra a passagem do redemoinho. Areia e poeira também preenchem as crateras e outras áreas rasas através da imagem.

A Argyre Planitia é uma planície localizada dentro da grande bacia de impacto na parte sul montanhosa de Marte. A bacia tem aproximadamente 1800 quilômetros de diâmetro e acredita-se que ela seja a segunda maior cratera de impacto do Planeta Vermelho. O centro da Argyre se aprofunda 5.2 km abaixo da planície ao redor. A bacia é visível da Terra e foi primeiro mapeada por Giovanni Schiaparelli em 1877. Ele deu o nome à região em homenagem a mítica ilha de prata na mitologia Grega.

Fonte:

http://www.starrycritters.com/x-marks-the-spot/#more-3148

 

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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