Existem milhares de crateras na Lua que ninguém nunca parou para dar uma olhada. Elas parecem ser depressões absolutamente genéricas que algumas vezes possuem terraços degradados e não possuem um pico central, desse modo não apresentam feições interessantes para serem estudadas. A grande maioria das crateras das áreas montanhosas se enquadram nessa categoria. Mas então enquanto você estiver olhando, por exemplo, as imagens obtidas pela sonda LRO dessa região entediante da Lua, algo pode te surpreender. A cratera de 28 km de diâmetro, chamada de Tannerus é difícil de ser identificada pois parece muito com muitas das outras crateras ao seu redor. Algumas dessas crateras entre 20 e 30 km de diâmetro com o interior plano são provavelmente crateras secundárias geradas após a formação da Bacia Orientale. Mas não se importando com a origem do buraco nas terras altas o fato de que canais ocorram nessa região é algo bem fora do comum. Existem os famosos canais ou falhas da Neadner e da Janssen, mas muito poucos são encontrados na terra montanhosa. A maior parte dos pequenos canais como esses são canais vulcânicos, e o vulcanismo acredita-se seja algo que não ocorreu nas terras montanhosas da Lua. Olhando de forma detalhada para a cratera Tannerus pode-se imaginar com facilidade que os dois segmentos de canais foram originalmente um canal contínuo e que o material escorregou da parede da cratera cobrindo parte dele. No lado direito do interior outra feição fascinante é visível. Essa feição é uma pequena cadeia de material do interior ao longo da borda do interior. Poderia o material do interior ter sido rolado pelo material que escorregou das paredes da cratera? Estaria essa cadeia de alguma forma relacionada com o canal? E, finalmente, um pequeno monte no interior da cratera parece ser a memória de um pico central soterrado.
Fonte:
https://lpod.wikispaces.com/July+23%2C+2011