É impressionante como os astrônomos amadores conseguem hoje em dia fazer imagens espetaculares da Lua. Essas imagens além de muito bonitas podem nos ajudar a ver e entender a geologia e a estrutura do nosso satélite. A imagem acima é um belo exemplo disso e mostra um campo cheio de domos perto da cratera Hortensius e além disso mostra detalhes maravilhosos. Os seis domos Hortensius (o sexto está no terminador a esquerda de um inferior) mostram a variação morfológica dos clássicos domos. Alguns são arredondados, outros são achatados e o localizado na parte superior direita é amorfo e mesmo sem cavidade. Para a direita dos domos estão duas feições lineares que raramente são observadas. A primeira que podemos destacar é uma fissura reta ou uma ranhura que aparece elevada. Entre a fissura e a Hortensius existe uma feição lunar vulcânica um pouco incomum, uma linha de pequenas colinas. Essas feições tem somente 40 metros de altura, ilustrando como se consegue ampliar as sombras de feições baixas com uma iluminação adequada do ambiente, chegando até a identificação de feições com 20 a 30 metros de altura. A imagem acima ainda sugere coisas inéditas na Lua. Um arco fragmentário de colinas ao norte dos domos e curvando para leste e então quase chegando na Hortensius sugere que o campo de domos, fissuras e cones pode estar localizado dentro de uma antiga cratera com 68 km de largura. Talvez, as fraturas que se formaram sob a cratera durante esse impacto, o maior em uma área de domo, forneceu os dutos que puderam alcançar os magmas mais profundos. Mas se você olhar ao redor verá que outros domos grandes e pequenos e estranhas depressões sem anel estão fora da cratera, então o magma facilmente atingiu a superfície em uma grande área de vulcões de escudo.
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