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UGC 9128: Uma Galáxia Anã Pequena, Mas Perfeitamente Formada

As galáxias se apresentam no universo em diversas formas e tamanhos, com a maior parte delas classificadas como elípticas ou espirais. Contudo, algumas delas caem em categorias conhecidas como irregulares, como a UGC 9128 que é mostrada nessa imagem feita pelo Telescópio Espacial Hubble das agências espaciais NASA/ESA.

A UGC 9128 é uma galáxia anã irregular, que significa que em adição de não ter uma forma definida, ela provavelmente contém somente uma centena de milhões de estrelas – muito menos estrelas do que é encontrado por exemplo em grandes galáxias espirais como a Via Láctea. As galáxias anãs são importantes em entender como o universo tem evoluído e são quase que definidas como os blocos de construção galácticas, pelo fato das galáxias crescerem a partir da fusão de pequenas outras galáxias.

Recentemente os astrônomos estão tentando descobrir se as galáxias anãs contêm um halo similar e uma estrutura de disco parecida com as suas co-irmãs maiores, onde estrelas mais velhas são encontradas em um halo esferoidal estendido, com um disco plano sendo o lar de estrelas mais jovens. As observações da UGC 9128 indicam que elas contêm um halo similar e uma estrutura de disco.

A UGC 9128, localiza-se a aproximadamente 8 milhões de anos-luz de distância, o que significa que ela é parte do Grupo Local de mais de 30 galáxias próximas  e ela é encontrada na constelação de Boötes (O Vaqueiro). Apesar da sua distância relativamente próxima, ela é muito apagada e somente foi descoberta no século vinte. A imagem do Hubble claramente resolve a população estelar da galáxia e também mostra muito mais distantes galáxias no plano de fundo.

Essa imagem foi criada a partir de imagens feitas com o Wide Field Channel da Advanced Camera for Surveys do Hubble. As imagens registradas através do filtro amarelo-laranja (F606W) foram coloridas de azul e foram combinadas com imagens feitas através do filtro do infravermelho próximo (F814W) e foram coloridas em vermelho. O tempo total de exposição foi de 985 s e 1174 s respectivamente e o campo de visão é de 3.2 arcos de minutos de diâmetro.

Fonte:

http://www.spacetelescope.org/images/potw1117a/

 

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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