Peggy Whitson, a astronauta mais experiente da NASA retornou para a Terra com segurança e sorrindo na manhã de domingo, dia 3 de Setembro de 2017, nas estepes do Cazaquistão, concluindo assim seu tempo recorde de permanência no espaço a bordo da Estação Espacial Internacional. Peggy voltou para a Terra junto com seus companheiros de expedição Jack Fischer da NASA e o comandante Fyodor Yurchikhin da ROSCOSMOS.
O trio tocou o solo de maneira suave dentro da cápsula de retorno Soyuz MS-04 na noite de sábado, 22:21, hora de Brasília o que equivale a 7:21 da manhã no Cazaquistão, a cerca de 200 km a sudeste da remota cidade de Dzhezkazgan, no Cazaquistão.
Whitson ficou 288 dias na sua missão que começou em Novembro de 2016, completou 4623 órbitas ao redor da Terra e completou o terceiro maior período de permanência na ISS.
Rob Navias da NASA disse que foi uma descida e um pouso perfeito sem problemas. Ele disse, a tripulação está de volta a Terra a salvo.
Peggy Whitson soma agora um total de 665 dias no espaço, mais do que qualquer outro astronauta americano, a sua carreira foi marcada por três voos espaciais para que ela quebrasse esse recorde.
Os 665 dias acumulados no espaço de Peggy Whitson a coloca em oitavo lugar na lista dos astronautas que mais passaram tempo no espaço, apenas 8 dias atrás de seu parceiro de missão, o comandante russo da Soyuz, Fyodor Yurchikhin, que está em sétimo lugar no ranking com 673 dias no espaço, em seus cinco voos.
O astronauta da NASA Jack Fischer completou seu primeiro voo no espaço e acumulou 136 dias a bordo da ISS.
Peggy Whitson foi para o espaço no dia 17 de Novembro de 2016, a bordo da nave russa Soyuz MS-03 decolando de Baikonur no Cazaquistão, como parte da tripulação da Expedição 50.
A Soyuz MS-04 desceu tranquilamente enquanto seu gigantesco paraquedas laranja levava o veículo até a sua zona de pouso, momentos antes de tocar o solo, os retrofoguetes foram acionados para gentilmente pousar o trio no solo do Cazaquistão.
Com o céu limpo foi possível acompanhar os 14 minutos de descida desde que os paraquedas forma acionados. Tudo foi perfeito, desde a desacoplagem a entrada na atmosfera e o pouso, nenhum problema foi verificado.
As equipes de resgate rapidamente chegaram ao local incluindo uma frota de helicópteros MI-8 e começaram a retirar os astronautas de dentro da cápsula Soyuz.
O comandante da Soyuz, Yurchikhin, estava na cadeira central e foi tirado em primeiro lugar seguido por Fischer na esquerda e por último Whitson na direita. Todos os 3 foram colocados nas cadeiras do lado de fora da Soyuz e aparentavam estar muito bem.
Um grupo de médicos russos e americanos fizeram as primeiras checagens nas condições dos astronautas e do cosmonauta e ajudaram os tripulantes a volta a se acostumar com a gravidade na Terra, que eles não experimentavam devido ao fato de terem passado meses no espaço.
“Enquanto viveram e trabalharam a bordo do único laboratório orbital da Terra, Whitson e Fischer contribuíram com centenas de experimentos em biologia, biotecnologia, ciências física e ciências da Terra, receberam algumas naves de carga que levaram toneladas de suprimentos e experimentos científicos, e conduziram seis caminhadas espaciais para realizar a manutenção e atualização da estação”, disse a NASA.
“Entre suas atividades científicas, Whitson e Fischer suportaram pesquisas sobre as mudanças físicas nos olhos dos astronautas causadas pela exposição prolongada ao ambiente de microgravidade. Eles também conduziram um novo estudo sobre como as células funcionam no ambiente de microgravidade da ISS, esse último estudo pode pavimentar o caminho para o futuro de estudos celulares no espaço”.
“Pesquisas adicionais que foram realizadas incluíram a investigação de anticorpos que podem aumentar a eficiência de drogas de quimioterapia em tratamentos de câncer, e o estudo da fisiologia e do crescimento de plantas no espaço, usando um habitat de plantas avançado. A NAS também acoplou à ISS, o Cosmic Ray Energetics and Mass Investigation, o chamado ISS CREAM, para o estudo e observações dos raios cósmicos”.
A Expedição 53 da ISS começou no momento em que a Soyuz foi desacoplada, e a estação agora está sob o comando do veterano astronauta da NASA Randy Bresnik, desde a cerimônia oficial de passagem do comando que aconteceu na última sexta-feira.
Juntamente com seus companheiros de missão, Sergey Ryazanskiy da ROSCOSMOS e Paolo Nespoli da ESA, os três irão operar a estação pelos próximos 10 dias até a chegada dos três novos membros da tripulação.
A ISS voltará a ter seis tripulantes depois do lançamento de 12 de Setembro, e depois de uma viagem rápida que irá durar 4 órbitas e 6 horas até que os astronautas da NASA Mark Vande Hei e Joe Acaba, junto com Alexander Misurkin da ROSCOSMOS que partirão a bordo da Soyuz MS-06 desde Baikonur no Cazaquistão cheguem a ISS.
Enquanto isso, o próximo lançamento acontecerá no Kennedy Space Center, no dia 7 de Setembro de 2017, quando o foguete Falcon 9 da SpaceX lançará o famoso mini-ônibus espacial da força aérea norte-americana, o X-37B OTV5.
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