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O Telescópio Espacial James Webb está prestes a chegar no famoso Ponto de Lagrange L2, para então entrar na sua fase de comissionamento.
Até o momento tudo corre como o esperado, então chegou a hora de explicar o que é esse ponto L2 e porque o James Webb irá ficar nesse local para poder observar o universo.
Antes de mais nada, vale lembrar que o James Webb é um telescópio que vai atuar no infravermleho e que para isso ocorra da forma mais eficiente possível ele tem que estar muito frio, poucos graus acima do zero absoluto, só assim ele conseguirá com precisão estudar o universo muito antigo atrás das primeiras estrelas e galáxias, objetos que possuem um grande desvio para o vermelho devio à expansão do do universo.
No Sistema Solar temos toso os objetos orbitando o Sol, em alguns planetas temos satélties orbitando esses planetas, ou seja, está tudo se movendo, em órbitas bem estabelecidas, e governadas pela gravidade.
Se você for analisando os corpos do Sistema Solar, por exemplo, a Terra e a Lua, a Terra e o Sol, Júpiter e o Sol e assim por diante, é possível estabelecer o campo de forças que atuam nesses corpos.
E se você pretende colocar algum objeto em órbita desses objetos surge um dos problemas mais interessantes e mais complicadas da mecânica orbital, chamado de Problema dos Três Corpos.
Então, no século 18, um matemático, chamado Joseph Louis Lagrange, estudou esse problema dos 3 corpos e conseguiu determinar algo muito interessante, se você tem dois corpos celestes em órbita, são criados entre esses dois corpos, o que ele chamou de poços gravitacionais, basicamente locais onde a atração da gravidade e a pressão da força centrífuga seriam compensadas.
Basicamente, se você pudesse soltar um objeto nesses poços gravitacionais, ele não cairia em direção a nenhum dos dois grandes objetos envolvidos na operação, se mantendo mais ou menos estável.
Esses pontos receberam o nome de Pontos de Lagrange.
Devido a essa propriedade de equilíbrio, dependendo da missão espacial esses pontos são perfeitos para a colocação de observatórios espaciais, sondas, etc…
Entre a Terra e o Sol existem 5 Pontos de Lagrange, nomeados de L1 a L5.
OS pontos L1, L2 e L3 estão localizados no eixo Terra-Sol, enquanto que os pontos L4 e L5 estão localizaados ao longo da órbita da Terra com um ângulo de 60 graus com relação aos objetos.
Para entender os Pontos de Lagrange, o mais fácil de todos talvez seja o L1, que fica localizado entre a Terra e o Sol.
Você então usa a equação da gravitação e com ela você conegue calcular esse ponto onde as forças de atração da Terra e do Sol são equilibradas, ou seja, o módulo da força centrífuga que estaria “puxando o objeto para fora” é igual ao módulo da força de atração do Sol.
No Ponto L1, por exemplo, está atualmente a sonda SOHO que observa o Sol, ela está ali desde 1995.
O Ponto L2, para onde vai o James Webb é onde a força centrífuga compensa a força de atração do Sol e da Terra.
Do mesmo modo que L1, o L2 gira em sincronia com a Terra.
Mas aqui a propriedade mais importante do L2, ele está na sombra da Terra.
O Ponto L3, fica lá do outro lado do Sol, e vocês sabem de uma curiosidade sobre o L3, existe uma teoria da conspiração que diz que existe lá no L3 uma civilização parada pronta para nos invadir a qualquer momento.
Os Pontos L4 e L5, ficam equidistantes do Sol e da Terra com um 6angulo de 60 graus formando assim um triângulo isóceles.
Nos pontos L4 e L5 lá de Júpiter é onde ficam os asteroides Troianos que serão estudados pela missão Lucy da NASA a parrir de 2027.
Alguém pode perguntar, por que encontramos asteorides troianos somente nos pontos L4 e L5 e não nos outros.
Aí entra outra propriedade interessante dos Pontos de Lagrange, os pontos L4 e L5 são ditos pontos estáveis, ou seja, nesses pontos, o que você joga ali, realmente fica parado nesse poço gravitacional.
Já os ponstos L1, L2 e L3 são pontos conhecidos como metaestáveis, isso quer dizer que para um objeto ficar ali parado ele precisa de determinadas correções orbitais, que é o que vai acontecer com o James Webb e por isso ele tem uma vida últil determinada pela quantidade de combsustível necessária para manobrar e estabilizar a sua órbita no L2.
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