O final do mês de Novembro de 2011 ofereceu céus quase que totalmente livres de nuvens o que fez com que os satélites pudessem ter uma visão completa de todo o comprimento da região de Baja Califórnia e da costa do Pacífico do México. No meio de toda a clareza dos céus , fortes ventos soprando de nordeste levantaram tempestades de poeira no continente e na península.
As imagens em cor natural necessárias para fazer essa visão oblíqua da região foram adquiridas no dia 27 de Novembro de 2011, pelo instrumento chamado de Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer, ou MODIS que viaja a bordo do satélite Aqua da NASA. A Ocean Color Team no NASA Goddard processou as imagens como essa com o objetivo de ajudar os cientistas a acessarem a presença de sedimentos e de plâncton no oceano. As tempestades de poeira interferem com esse processo, já que aerossóis arenosos bloqueiam boa parte da luz do Sol e da luz que é refletida de volta.
As tempestades de poeira podem atrapalhar a atividade humana, mas uma vez que elas são sopradas sobre o Golfo da Califórnia e sobre o Oceano Pacífico elas podem ajudar a fertilizar as águas com nutrientes que promovem o florescimento do fitoplâncton. No inverno, as águas ao redor de Baja são cheias de baleias, e esses maiores animais dos mares comem os menores plânctons.
Os pesquisadores da Universidade de Wisconsin deram uma utilidade prática para essa tempestade de poeira. Eles estão trabalhando na calibração de medidas em dois instrumentos a bordo dos satélites meteorológicos GOES, e as tempestades de areia fornecem um evento muito bom para que seja realizada essa calibração e as comparações necessárias.
Fonte:
http://earthobservatory.nasa.gov/IOTD/view.php?id=76891