Parecendo um par de óculos que somente um astro do rock pudesse usar, essa nebulosa coloca em foca uma sombria região de formação de estrelas. O Telescópio Espacial Spitzer da NASA expõem as profundezas dessa nebulosa empoeirada com a sua visão infravermelha, mostrando estrelas que estão na sua infância que que não são observáveis pois aparecem além das nuvens escuras que ofuscam a nossa visão quando usamos os comprimentos de onda da luz visível.
Melhor conhecida como Messier 78, as duas nebulosas arredondadas e esverdeadas são na verdade cavidades cavadas das nuvens escuras ao redor. A poeira é na sua maioria escura, mesmo para a visão do Spitzer, mas as bordas se mostram em comprimentos de onda do infravermelho intermediário, como se fossem labaredas vermelhas e brilhantes ao redor de seus interiores. A Messier 78 é facilmente observada por meio de pequenos telescópios na constelação de Orion, localizada um pouco a nordeste do cinturão de Orion. Mas na imagem que você verá no telescópio a aparência dessa nebulosa é bem diferente com a predominância das faixas escuras de poeira. Os olhos infravermelhos do Spitzer conseguem penetrar pela poeira, revelando o interior brilhante das nebulosas.
Uma corrente de estrelas recém nascidas que ainda estão queimando suas conchas geradoras podem ser vistas como pontos vermelhos na parte externa da nebulosa. Eventualmente elas florescerão dentro de suas próprias bolhas brilhantes, transformando esse par de óculos em uma nebulosa monstruosa.
Essa imagem é uma composição em três cores que mostra as observações infravermelhas de dois instrumentos do Spitzer. A cor azul representa a luz com comprimento de onda de 3.6 e 4.5 mícron, e a cor verde mostra a luz com comprimento de onda de 5.8 e 8 mícron, ambas capturadas pela Infrared Array Camera do Spitzer. A cor vermelha é a luz com comprimento de onda de 24 mícron, detectada pelo Multiband Imaging Photometer do Spitzer.
Fonte:
http://www.nasa.gov/multimedia/imagegallery/image_feature_2078.html