Esta paisagem estelar em forma de turbilhão de estrelas é conhecida como a Nebulosa da América do Norte. Em luz visível, a região se assemelha à delimitação do mapa da América do Norte, mas nessa imagem em infravermelho feita pelo Telescópio Espacial Spitzer da NASA a forma da América do Norte desaparece.
Mas para onde foi o continente então? A razão pela qual você não pode vê-lo na imagem acima tem a ver em parte com o fato de que o olhar infravermelho do Spitzer pode atravessar a poeira e observar o que se localiza além dela, enquanto a nossa visão normal, que só capta a radiação visível da luz não pode. As nuvens empoeiradas e escuras na imagem da luz visível tornam-se então transparentes para o Spitzer. Além disso, o Spitzer é capaz de observar os casulos empoeirados onde estão sendo produzidas estrelas em seu estágio bem inicial de formação. O continente que dá nome a essa nebulosa só é visto pois ele formado pelas espessas nuvens de poeira cósmica, como pode-se ver na imagem abaixo.
Aglomerados de estrelas jovens, com cerca de um milhão de anos de idade, podem ser encontrados por toda a imagem. Algumas áreas dessa nebulosa ainda são tão espessas devido ao grande acúmulo de poeira cósmica que nem mesmo o Spitzer consegue ver através delas e elas se mantém escuras na imagem.
A imagem do Spitzer contém dados de duas câmeras do telescópio a câmera de infravermelho e o fotômetro de imageamento multi-banda. A luz com um comprimento de onda de 3,6 mícrons foi codificada com a cor azul, a luz com 4,5 micron aparece azul-verde, a luz de 5,8 micron e 8,0 micron são verdes; e em vermelho está a luz de 24 micron. Essa imagem foi feita em Fevereiro de 2011.
Fonte:
http://www.nasa.gov/multimedia/imagegallery/image_feature_2083.html