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Telescópio Espacial Hubble Observa Múltiplos Jatos No Cometa Que Passará Próximo A Marte Em Outubro de 2014

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observatory_150105A NASA lançou nessa quinta-feira, dia 27 de março de 2014, uma imagem do cometa que, em 19 de Outubro de 2014, passará a 84000 milhas de Marte – menos do que a metade da distância entre a Terra e a Lua.

A imagem da esquerda, capturada em 11 de Março de 2014 pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA, mostra o cometa C/2013 A1, também chamado de Siding Spring, a uma distância de 353 milhões de milhas da Terra. O Hubble não pode ver o núcleo congelado do Siding Spring, devido ao seu pequeno tamanho. O núcleo é envolto por uma nuvem de poeira brilhante, ou Coma, que mede cerca de 12000 milhas de diâmetro.

A imagem da direita mostra o cometa depois da imagem ter sido processada. Técnicas de processamento foram aplicadas para remover o brilho da coma, revelando o que parece ser dois jatos de poeira vindos de um local no núcleo e sendo emitidos em direções opostas. Essa observação deve permitir que os astrônomos possam medir a direção do polo do núcleo, e o seu eixo de rotação.

O Hubble também observou o Siding Spring no dia 21 de Janeiro de 2014, enquanto a Terra cruzava seu plano orbital, que é a trajetória do cometa enquanto ele orbita o Sol. Essa posição relativa entre os dois corpos permitiu que os astrônomos pudessem determinar a velocidade da poeira que está sendo expelida do núcleo do cometa.

“Essa é uma informação crítica que nós precisamos saber para determinar, se, e qual o grau, os grãos de poeira na coma do cometa impactarão Marte e as sondas que estão na sua vizinhança”, disse Jian-Yang Li do Planetary Science Institute em Tucson, no Arizona.

Descoberto em Janeiro de 2013 por Robert H. MacNaught, no Observatório de Siding Spring, o cometa está caindo em direção ao Sol ao longo de sua órbita de aproximadamente 1 milhão de anos e está agora dentro do raio da órbita de júpiter. O cometa fará sua maior aproximação do Sol, em 25 de Outubro de 2014, passando a uma distância de 130 milhões de milhas – bem fora da órbita da Terra. Não se espera que o cometa torne-se brilhante o suficiente para ser visível a olho nu, mas como já vimos no caso do ISON, nunca devemos confiar 100% nas previsões feitas sobre os cometas.

O Telescópio Espacial Hubble é um projeto de cooperação internacional entre a NASA e a Agência Espacial Europeia, a ESA. O Goddard space Flight Center da NASA em Greenbelt, Md., gerencia o telescópio. O Space Telescope Science Institute (STScI) em Baltimore, conduz as operações científicas do Hubble. O STScI é operado para a NASA pela Association of Universities for Research in Astronomy, Inc., em Washington.

Para mais informações sobre o Hubble, visitem:

http://www.nasa.gov/hubble

Fonte:

http://www.nasa.gov/press/2014/march/nasas-hubble-space-telescope-spots-mars-bound-comet-sprout-multiple-jets/#.UzTMaPldV8E


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Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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