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21 de novembro de 2024

Spitzer Mostra Estrelas Recém-Nascidas Inflando Bolhas Na Nebulosa da Pata do Gato

Essa imagem feita pelo Telescópio Espacial Spitzer da NASA, mostra a Nebulosa da Pata do Gato, denominada assim, devido às grandes feições circulares que criam a impressão de uma impressão digital de um felino. A nebulosa é uma região de formação de estrelas na Via Láctea, localizada na constelação de Escorpião. A distância da Terra até a nebulosa é estimada entre 4200 e 5500 anos-luz.

Delimitada por nuvens verdes, as bolhas vermelhas brilhantes são as feições dominantes na imagem, que foi criada usando dados de dois instrumentos do Spitzer. Depois que o gás e a poeira dentro da nebulosa colapsa para formar estrelas, as estrelas podem aquecer o gás pressurizado a sua volta, fazendo com que ele se expanda no espaço, criando as bolhas.

As áreas em verde, mostram locais onde a radiação das estrelas quentes colide com as grande moléculas chamadas de hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, fazendo com que brilhe com a fluorescência.

Em alguns casos, as bolhas podem eventualmente explodir, criando feições em forma de U, que são particularmente visíveis na parte inferior da imagem que foi criada usando dados de apenas um instrumento do Spitzer.

O Spitzer é um telescópio de infravermelho, e a luz infravermelha é útil para os astrônomos pois ela pode penetrar as espessas nuvens de gás e poeira, melhor que a luz óptica. Os filamentos escuros que cruzam horizontalmente a nebulosa, são regiões de gás e poeira mais densas, onde, nem mesmo a luz infravermelha pode atravessar. Essas densas regiões podem em breve ser locais onde outra geração de estrelas pode se formar.

A região de formação de estrelas da Pata do Gato tem entre 80 e 90 anos-luz de diâmetro. Ela se estende além do lado esquerdo dessas imagens e intercepta com uma região similar de formação de estrelas, a NGC 6357. Essa região é também conhecida como Nebulosa da Lagoa, que é um improvável companheiro para um gato.

A parte superior da imagem foi compilada usando dados do Infrared Array Camera (IRAC) e o Multiband Imaging Photometer (MIPS) que estão a bordo do Spitzer. O MIPS coleta uma “cor” adicional da luz no intervalo do infravermelho, que revela as feições avermelhadas, criadas pela poeira que foi aquecida pelo gás quente e pela luz das estrelas próximas. A segunda imagem é baseada nos dados do IRAC, assim a poeira não é visível.

As imagens foram retiradas dos dados coletados para o projeto Galactic Legacy Mid-Plane Survey Extraordinaire, ou GLIMPSE. Usando dados do Spitzer, o GLIMPSE criou o mapa mais preciso até hoje da grande barra central da galáxia e mostrou que a galáxia é repleta de bolhas de gás, como essas vistas aqui.

Mais informação sobre o Spitzer está disponível nos seguintes sites:

http://www.spitzer.caltech.edu/
https://irsa.ipac.caltech.edu/data/SPITZER/GLIMPSE/overview.html

Fonte:

https://www.jpl.nasa.gov/news/news.php?feature=7265

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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