A sonda Rosetta da Agência Espacial Europeia, ESA, deve chegar a uma distância de apenas 6 quilômetros do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, no mês de Fevereiro de 2015. O sobrevoo será o mais próximo que a sonda fará durante a sua missão primária.
“É o momento certo para realizar esse tipo de aproximação sem comprometer as órbitas que estão atualmente sendo realizadas”, disse Matt Taylor, o cientista de projeto da Rosetta do Centro de Tecnologia e Pesquisa Espacial Europeu em Noordwijk na Holanda. “À medida que o cometa torna-se mais ativo, não será possível chegar tão perto dele assim, desse modo, essa é uma oportunidade única”.
O sobrevoo baixo e próximo da superfície do cometa dará a oportunidade para a Rosetta obter imagens com uma resolução fantástica de dezenas de centímetros por pixel. As imagens devem fornecer informações sore a porosidade e o albedo (a refletância) do cometa. O sobrevoo também permitirá o estudo do processo pelo qual a poeira cometária é acelerada pela emissão de gás do objeto.
“A Rosetta está nos fornecendo uma poltrona na primeira fila, para seguir o cometa no próximo ano. Esse sobrevoo nos colocará numa posição privilegiada – muito próximo do objeto”, disse Taylor.
A sonda Rosetta lançou o módulo de pouso Philae para um ponto da superfície do cometa no último mês de Novembro. O Philae obteve as primeiras imagens feitas da superfície de um cometa e poderá nos fornecer análises da possível composição primordial do cometa.
Os cometas são como cápsulas do tempo contendo o material primitivo usado na época quando o nosso Sol e os planetas se formaram. A Rosetta será a primeira sonda a testemunhar bem de perto do cometa, como ele muda à medida que fica sujeito ao aumento da intensidade da radiação do Sol. As observações ajudarão os cientistas a aprenderem mais sobre a origem e a evolução do nosso Sistema Solar e entender qual o papel que os cometas tiveram em semear a Terra com água e até mesmo possivelmente com a vida.
A Rosetta é uma missão da ESA com contribuição dos estados membros e da NADA. O Laboratório de Propulsão a Jato, em Pasadena, na Califórnia, uma divisão do Instituto de Tecnologia da Califórnia, também em Pasadena, gerencia a contribuição norte-americana da missão Rosetta, para o Science Mission Directorate da NASA em Washington. O JPL também construiu o instrumento MIRO e abriga seu principal pesquisador, Samuel Gulkis. O Southwest Research Institute (San Antonio e Boulder) desenvolveu os instrumentos IES e Alice da Rosetta, e abriga seus pesquisadores principais, James Burch (IES) e Alan Stern (Alice).
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Fonte:
http://www.jpl.nasa.gov/news/news.php?feature=4415