A imagem acima é uma montagem feita com quatro imagens do Cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko obtidas no dia 26 de Setembro de 2014 com a sonda Rosetta a uma distância de 26.3 km do centro do cometa. As quatro imagens com 1024 x 1024 pixels usadas nessa montagem estão disponíveis no final desse post para quem quiser realizar a sua própria montagem.
As imagens individuais tiveram o fundo subtraído para que fosse removido alguns artefatos e alguns padrões de ruídos pudessem ser fixados. Ao fazer a montagem, os níveis do background foram ajustados para fazer com que as imagens ficassem equivalentes, problemas nos cantos das imagens foram reduzidos, e algum processamento foi feito para que o brilho e o contraste geral da imagem ficassem equilibrado. Finalmente a montagem foi rotacionada de 180 graus.
Nós não fizemos um mosaico apropriado nessa ocasião, pois está se tornando extremamente complicado fazer isso a uma distância tão curta do cometa, combinando tudo isso com o efeito de rotação do cometa que é cerca de 10 graus em 20 minutos, com a sonda Rosetta se movendo entre 1 e 2 km no mesmo intervalo de tempo.
Enquanto que as duas imagens na parte direita da montagem puderam ser juntadas sem grandes problemas, as maiores dificuldades foram enfrentadas entre as imagens do canto inferior direito e do canto inferior esquerdo. Uma inspeção cuidadosa deixa claro que a perspectiva foi alterada consideravelmente entre elas e que algumas sombras projetadas mudaram bastante de posição.
Não é fácil alinhas essas imagens e então nós deixamos o desafio de fazer um mosaico mais correto com vocês.
Apesar dos problemas de alinhamento, pode-se ver com clareza que um ponto de grande atividade na região do pescoço do cometa. O que nós estamos vendo nessa imagem é o produto de gelo sendo sublimado e gases escapando de dentro do cometa, carregando jatos de poeira para o espaço. Se você der um zoom na imagem e buscar pela fonte da atividade verá que ela se origina de alguns pontos discretos.
Você também pode testar aumentar a exposição da montagem para fazer com que detalhes até então apagados na cabeça do cometa e na região do pescoço fiquem mais claramente visíveis.
À medida que o cometa se aproxima do Sol, no decorrer de sua órbita, a superfície tornará mais quente, e o nível de atividade aumentará, produzindo uma vasta coma ao redor do núcleo juntamente com uma cauda. É difícil as vezes acreditar que estamos vendo imagens feitas a menos de 30 km de distância da superfície do cometa, mas imagens recentes feitas de telescópios baseados em Terra revelaram que a coma do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko já se estende por cerca de 19000 quilômetros a partir de seu núcleo.
Fonte:
http://blogs.esa.int/rosetta/2014/10/02/cometwatch-26-km-on-26-september/
