A sonda da NASA, conhecida como OSIRIS-REx, sigla para Origins, Spectral Interpretation, Resource Identification, Security-Regolith Explorer, completou a sua jornada de 2 bilhões de quilômetros para chegar no asteroide Bennu. A sonda executou uma manobra que a transacionou de um voo que ela estava fazendo em direção ao Bennu, para começar a operar ao redor do asteroide.
Agora, localizada a cerca de 19km da superfície do Bennu que fica voltada para o Sol, a OSIRIS-REx irá começar a pesquisa preliminar do asteroide. A sonda começará fazendo sobrevoos pelo polo norte do Bennu, pela região equatorial e pelo polo sul, chegando até a 7 km acima da superfície do asteroide a cada sobrevoo.
O principal objetivo científico dessa pesquisa preliminar é refinar a estimativa de massa do Bennu e a sua taxa de rotação e assim poder gerar um modelo preciso de sua forma. Os dados ajudarão a determinar potenciais locais onde ela poderá mais tarde recolher as amostras do asteroide.
A missão da OSIRIS-REx ajudará os cientistas a investigarem como os planetas se formaram e como a vida começou, bem como melhorar o nosso entendimento sobre os asteroides que podem algum dia se chocar com a Terra. Os asteroides são as partes remanescentes dos blocos de construção que formaram os planetas e que permitiram que a vida acontecesse. Esses asteroides como o Bennu contém recursos naturais, como água, matéria orgânica e metais. A futura exploração espacial e o desenvolvimento econômico pode estar ligado a esses materiais.
“Como exploradores, nós na NASA nunca tivemos medo dos mais extremos desafios no sistema solar na nossa busca pelo conhecimento”, disse Lori Glaze, diretor para a Divisão de Ciência Planetária da NASA. “Agora nós estamos de frente a um novo desafio, junto com nossos parceiros, trabalhando muito para poder trazer para a Terra um pedaço do início da história do Sistema Solar”.
A equipe de navegação da missão irá usar a pesquisa preliminar do Bennu para praticar a tarefa deliciada de se navegar ao redor do asteroide. A sonda entrará na órbita do Bennu no dia 31 de Dezembro de 2018, isso fará do Bennu, um asteroide que tem 492 metros de diâmetro, ser o menor objeto até hoje já orbitado por uma sonda. Essa é uma etapa crítica para na missão de um ano da OSIRIS-REx de coletar e mandar de volta para a Terra cerca de 60 gramas do regolito do Bennu.
Iniciada em Outubro, a OSIRIS-REx realizou uma série de manobras de frenagem, para diminuir a velocidade da sonda à medida que se aproximava do asteroide. Essas manobras também indicaram uma trajetória para programar a manobra realizada nessa chegada ao asteroide, que dará início ao primeiro sobrevoo do polo norte do Bennu.
A equipe da OSIRIS-REx está orgulhosa de ter conseguido realizar mais um marco na missão, a chegada no asteroide. Os dados iniciais da fase de aproximação mostram que esse objeto tem um valor científico excepcional. Os cientistas mal podem esperar para começar a explorar o Bennu em mais detalhe. Esse momento tem sido preparado por anos e todos estão prontos.
A missão da OSIRIS-REx marca muitos momentos inéditos na exploração espacial. É a primeira missão norte-americana a trazer para a Terra amostras de um asteroide, e do espaço, desde a era da Apollo. É a primeira vez que um asteroide do Tipo-B será estudado, um asteroide que é rico em carbono e moléculas orgânicas . É também, a primeira missão a estudar um asteroide do tipo PHA, ou seja, potencialmente perigoso e tentar entender os fatores que alteram o seu curso de modo que ele possa entrar em rota de colisão com a Terra.
“Durante a nossa aproximação do Bennu, nós fizemos observações com uma resolução muito mais alta do que conseguimos fazer aqui da Terra”, disse Rich Burns, gerente de projeto da OSIRIS-REx no Goddard Space Flight Center da NASA, em Greenbelt, Maryland. “Essas observações revelaram que o asteroide está consistente com as nossas expectativas desde que o estudamos aqui da Terra e ele é realmente um pequeno mundo muito interessante. Agora nós embarcamos em ganhar experiência em voar uma sonda na órbita de um corpo tão pequeno”.
Quando a OSIRIS-REx começar a orbitar o Bennu, no final de Dezembro de 2018, ela chegará a uma distância de 1.25 quilômetros da sua superfície. Em Fevereiro de 2019, a sonda começará os esforços para mapear globalmente o Bennu e determinar o melhor lugar para a coleta de uma amostra. Após o local da coleta ser selecionado, a sonda irá brevemente tocar a superfície do Bennu, para recolher a amostra. A OSIRIS-REx está programada para mandar a amostra para a Terra em Setembro de 2023.
O Goddard fornece o gerenciamento geral da missão, os sistemas de engenharia, a segurança e a garantia para a OSIRIS-REx. Dante Lauretta, da Universidade do Arizona, em Tucson, é o principal investigador da missão e a Universidade do Arizona, lidera a equipe de ciência, as observações científicas e o planejamento de aquisição dos dados e o processamento dos dados. A empresa Lockheed Martin em Denver, construiu a sonda e está fornecendo apoio nas operações de voo. O Goddard e a KineX Aerospace são responsáveis pela navegação da sonda OSIRIS-REx. A OSIRIS-REx é a terceira missão no programa chamado de New Frontiers da NASA, que é gerenciado pelo Marshall Space Flight Center da NASA, em Huntsville, no Alabama, para o Science Mission Directorate da agência em Washington.
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