Durante os primeiros 176 dias em sua missão orbital, o que corresponde a um dia solar em Mercúrio, o instrumento MDIS a bordo da sonda MESSENGER irá adquirir imagens para produzir um mapa base de alta resolução da morfologia da superfície de Mercúrio, onde a morfologia é o termo dado à forma e à textura da superfície. Esse mapa cobrirá mais de 90% da superfície de Mercúrio com uma resolução média de 250 metros/pixel. Nessa resolução feições com aproximadamente 1 km de escala horizontal serão reconhecidas nas imagens. As imagens adquiridas para o mapa base morfológico da superfície são feitas com o Sol formando um determinado ângulo com as feições do planeta para que as sombras possam ser usados na identificação da morfologia. Devido a órbita altamente elíptica da sonda MESSENGER (figura abaixo), a sonda passa perto da superfície nas altas latitudes norte, mas longe nas latitudes do hemisfério sul, assim tanto as imagens obtidas com as câmeras NAC e WAC da sonda são usadas para construir o mapa base global de Mercúrio. Para o hemisfério sul, as imagens são obtidas com a câmera NAC, que tem um campo de visão de 1.5? e podem ser adquiridas com uma resolução sete vezes maior que as imagens feitas com a câmera WAC. Para o hemisfério norte, quando a sonda está mais perto do planeta e movendo-se mais rápido sobre a superfície a câmera WAC é usada, pois o seu campo de visão é de 10.5? permitindo uma boa cobertura na imagem. As imagens tanto da câmera NAC como da câmera WAC são então integradas para produzir uma mapa global de Mercúrio. Na imagem mostrada acima temos um exemplo de um mosaico feito com quatro imagens adquiridas como parte da campanha de mapeamento morfológico da superfície de Mercúrio. A cratera grande no centro da imagem é a Valmiki com 210 km de diâmetro.
Fonte:
http://messenger.jhuapl.edu/gallery/sciencePhotos/image.php?page=2&gallery_id=2&image_id=498