A sonda MESSENGER (Mercury Surface, Space, ENvironment, GEochemistry, and Ranging), da NASA irá se chocar com Mercúrio à cerca de 3.91 km/s, muito provavelmente no dia 30 de Abril de 2015, depois de esgotar todo o seu combustível.
No dia 14 de Abril de 2015, os operadores da missão MESSENGER, completaram a quarta manobra de correção de órbita, desenhada para deixar a sonda na rota de colisão com a superfície de Mercúrio. A última manobra está planejada para acontecer no dia 24 de Abril de 2015.
“Depois da última manobra, nós finalmente iremos declarar que a sonda está sem combustível, já que essa manobra irá depletar quase todo gás hélio que ainda existe na nave. Nesse ponto, a sonda não mais será capaz de lutar contra a gravidade”, disse o Dr. Daniel O’Shaughnessy do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins.
A sonda está atualmente flutuando ao redor de Mercúrio numa órbita excêntrica mas está passando muito mais perto do planeta do que passava antes. A menor altitude do planeta atualmente varia entre 6 a 39 km.
Embora Mercúrio seja um dos vizinhos planetários mais próximos da Terra, pouco se sabia sobre ele antes da missão MESSENGER.
A sonda decolou do Cabo Canaveral na Flórida, no dia 3 de Agosto de 2004. Ela viajou cerca de 7.9 bilhões de quilômetros, uma jornada que incluiu 15 viagens ao redor do Sol, um sobrevoo pela Terra, dois sobrevoos por Vênus e três sobrevoos por Mercúrio, antes de entrar na órbita do planeta em 2011.
A MESSENGER é somente a segunda sonda enviada a Mercúrio. Antes da MESSENGER, a Mariner 10 passou três vezes pelo planeta em 1974 e 1975, e adquiriu dados detalhados de menos de metade da sua superfície.
A MESSENGER retornou milhares de imagens para a Terra. Uma das imagens mais recentes feitas com os dados da MESSENGER é mostrada abaixo. Nessa imagem o que se vê é o mapeamento dos minerais e dos processos existentes na superfície do planeta Mercúrio, como a sonda está a muito tempo na órbita do planeta adquirindo dados, hoje é possível se ter um mapa como esse, onde tanto os pequenos como os grandes detalhes dos terrenos, como aberturas vulcânicas e novas crateras podem ser estudadas.
Fontes:
http://www.sci-news.com/space/science-messenger-mercury-02707.html
http://messenger.jhuapl.edu/gallery/sciencePhotos/image.php?page=1&gallery_id=2&image_id=1587