Crateras de impacto jovens abundam na Lua, e as imagens obtidas pela câmera NAC da sonda LROC das belas morfologias das crateras, das espetaculares coberturas de material ejetado e os impressionantes depósitos de material derretido são suficientes para fazer qualquer geólogo lunar comemorar. Muitas vezes, os impactos recentes no material de mares são notados pois essas crateras se formam através de uma fina camada de regolito e produz pedaços de rochas. Contudo, impactos que ocorrem nas terras altas da Lua podem ser ainda mais espetaculares.
A imagem aqui, mostra uma cratera sem nome de idade Copérnica, com aproximadamente 630 metros de diâmetro, localizada nas coordenadas 29.73?S, 134.07?E, é um desses exemplo no lado escuro da Lua. Observando a cratera em detalhe, ela apresenta a forma clássica de taça com um anel circular bem definido. No interior da cratera existe um depósito de pedaços de rochas resultante da solidificação de material derretido. Detritos das paredes da cratera deslizaram em direção ao seu interior, mas se esses deslizamentos aconteceram imediatamente após a formação da cratera ou se foi muito tempo depois, é difícil de se dizer. Podemos dar uma olhada no material mais próximo do interior da cratera, no centro da cratera, alguns deslizamentos se misturaram com material derretido pelo impacto, mas outras pilhas de detritos se sobrepõem a esses materiais. Essas relações estratigráficas podem ser usadas para interpretar a idade relativa dos deslizamentos – o material derretido por impacto cobre as pilhas formadas logo após o impacto pois eles são expelidos com o derretimento causado pelo impacto e a sobreposição das pilhas de detritos acontecem depois que o material derretido por impacto se solidifica. Além disso, a cobertura de material ejetado mais perto do anel da cratera é mais uniforme em refletância mas existe espalhamento de pedaços de rochas e correntes de material derretido por impacto de refletância menor que foram expelidos para dora da cratera durante a colocação do material ejetado. Tudo isso mostra mais uma vez as belezas que podem ser encontradas na Lua.
Fonte:
http://lroc.sese.asu.edu/news/index.php?/archives/464-Farside-impact!.html