Material ejetado de alta refletância normalmente indica que a formação de uma cratera ocorreu recentemente na Lua, ou que no mínimo essa cratera é jovem para escala da Lua, ou seja, menos de 500 milhões de anos de vida. Com o passar do tempo, o material ejetado pela cratera é coberto de modo que com o passar de mais tempo ele irá ser apagado até desaparecer. Em locais onde esse desaparecimento ainda não aconteceu, ou seja, onde o material ejetado permanece relativamente jovem, os detalhes de sua forma são facilmente visíveis nas imagens obtidas pela LROC, com escala de 1.1 metros por pixel. Uma análise detalhada dos padrões encontrados nas ejeções de material na Lua ajudam os cientistas a determinarem a dinâmica do evento de impacto que gerou a cratera. Nesse caso, a foram em “V” no material ejetado brilhante mostra que o bólido que se chocou com a Lua veio de noroeste e com um ângulo bem baixo.
No interior da cratera é possível encontrar numerosos blocos com aproximadamente 13 metros que podem ser pedaços do embasamento que foi escavado e que originalmente se localizavam abaixo do regolito, ou eles podem ter se formado como resultado do impacto. Esse tipo de pedaço de rocha pode ser pensado como uma rocha instantânea, pois sob as condições extremas de alta pressão elas foram produzidas por um impacto que agrupou o regolito não consolidado em um pedaço coerente de rocha. Os astronautas da missão Apollo descobriram essas rochas instantâneas, ou brechas de regolito em alguns locais, com a mais notável talvez sendo a da cratera Van Serg no local de pouso da Apollo 17. A imagem acima possui 1100 metros de largura e o norte está para cima.
Fonte:
http://lroc.sese.asu.edu/news/index.php?/archives/84-Bright-Crater-Rays-and-Boulders.html