Como a areia que escorre pelas mãos de um gigante, detritos ornamentam de forma maravilhosa as paredes do talude da cratera Messier A. Projeções do embasamento em afloramentos se localizam em relevos contra as avalanches que fluíram e até mesmo escorregaram. Olhando em detalhe os afloramentos é possível ver finas camadas que formam a região. Essa é outra região do depósito de mar onde nós podemos ver evidências para múltiplos e finos fluxos de lava, agora expostos na seção pelas escavações realizadas pelos impactos. Esse fino acamamento é uma surpresa para os cientistas planetários, uma das muitas revelações feitas sobre a Lua com a espetacular resolução das imagens obtidas com a câmera NAC.
Essa área particular pode ser registrada por qualquer um que olhe a Lua através de um telescópio modesto. Essa região da Lua pode ser vista quando a Lua está na sua fase crescente e fica visível até um pouco depois da Lua cheia. Denominada como Messier em homenagem ao astrônomo amador francês do século 18 Charles Messier, a cratera está localizada no Mar da Fertilidade. Sua aparência peculiar em forma de cometa ainda é um mistério para os cientistas planetários, mas parece que ela desenvolveu uma complexa interação entre mais de um objeto impactante com no mínimo um desses objetos se chocando com a Lua com um ângulo altamente oblíquo. Os impactos escavaram material de mar e espalharam esse material na forma de um par de raios estendidos que se esticam para oeste fazendo com que a cratera pareça mais ainda com um cometa quando observada através da ocular de um telescópio.
Fonte:
http://lroc.sese.asu.edu/news/index.php?/archives/420-Layering-in-Messier-A.html