Existem dois tipos de tectônicas compressionais que são normalmente observadas na Lua: cadeias de dobramento e escarpas em forma de lobos. As cadeias de dobramento são colinas longas, as vezes sinuosas nos basalto de mares e acredita-se sejam camadas de rochas dobradas sobrepondo falhas mais profundas. As escarpas em forma de lobos normalmente ocorrem nas terras altas e são interpretadas como sendo rochas soerguidas por falhas muito próximo para quebrarem até mesmo a superfície. Existem algumas localizações na Lua onde uma transição entre uma cadeia de dobramento para uma escarpa em forma de lobo, ou vice e versa estão em andamento como mostrado nas imagens aqui do Mare Frigoris na Lua, nas coordenadas, 60.5?N, 331.4?E. Nesse mosaico feito pela câmera NAC da sonda LRO, a escarpa em forma de lobo no maciço de terras altas a nordeste encontram uma cadeia de dobramento a sudoeste quando alcança os basaltos do Mare Frigoris. É possível também ver uma grande quantidade de pedaços de rochas resultado da erosão na cadeia de dobramento.
Acredita-se que as cadeias de dobramento tenham-se formado após a erupção de lavas basálticas, preenchendo as bacias no lado visível da Lua. Todo o peso extra provavelmente fez com que o solo se curvasse, fazendo com que o basalto se rompesse e dobrasse em algumas áreas. Por outro lado, acredita-se que as escarpas em forma de lobos se formem da contração radial ou do encolhimento de toda a Lua. A contração radial global gerou tensões compressionais na crosta até que a tensão fosse grande o suficiente para fraturar toda a superfície. A transição de uma cadeia de dobramento para uma escarpa em forma de lobo pode ser devido ao contraste de materiais, especialmente se as lavas basálticas aparecem em forma de camadas, e se o maciço de terra alta possui ausência de camadas. Contudo a relação entre cadeias de dobramento e as escarpas em forma de lobos em transições como essas precisam ainda de muitos estudos para serem compreendidas por completo.
Fonte:
http://lroc.sese.asu.edu/news/index.php?/archives/456-Tectonics-in-Mare-Frigoris.html