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O estudo liderado por Wendy Freedman é um marco importante na cosmologia, pois utiliza o Telescópio Espacial James Webb para revisitar a questão da taxa de expansão do universo, conhecida como constante de Hubble. Essa nova análise propõe que a aparente discrepância entre as medições de expansão feitas com diferentes métodos – a chamada “tensão de Hubble” – pode não ser tão acentuada quanto se imaginava. Isso pode indicar que os modelos cosmológicos atuais ainda são válidos, mesmo diante das novas observações.
O Telescópio Webb, com sua avançada tecnologia infravermelha, permite uma precisão maior na observação de estrelas cefeidas, que são usadas como padrões para medir distâncias cósmicas. A pesquisa da equipe de Freedman se beneficiou dessa capacidade, revelando uma taxa de expansão de aproximadamente 70 km/s por megaparsec, muito próxima das estimativas anteriores feitas pelo Telescópio Hubble. Essa confirmação sugere que, apesar das diferenças metodológicas, os resultados convergem para um valor consistente.
A importância dessa descoberta reside no fato de que ela pode suavizar a controvérsia em torno da “tensão de Hubble”. Anteriormente, havia uma diferença significativa entre as medições baseadas no fundo cósmico de micro-ondas e as obtidas através de observações mais recentes de supernovas e estrelas cefeidas. Se o novo valor observado pelo Webb se mantiver, isso pode implicar que não há necessidade de revisar drasticamente os modelos cosmológicos estabelecidos.
Além disso, a pesquisa utilizou três métodos independentes para medir a taxa de expansão, incluindo o uso de galáxias como “padrões de velas” e a análise da radiação de fundo cósmico. A convergência dos resultados desses diferentes métodos reforça a confiança nas medições e sugere que o universo pode ser menos complexo do que algumas teorias alternativas propuseram.
Em resumo, essa nova análise feita pelo Telescópio Webb não só reforça a precisão das medições de Hubble, mas também contribui para a continuidade dos modelos cosmológicos aceitos. Isso marca um avanço significativo na compreensão da expansão do universo e ajuda a resolver uma das questões mais intrigantes da cosmologia moderna.
FONTE:
https://arxiv.org/pdf/2408.06153
#JAMESWEBB #COSMOLOGY #UNIVERSE
