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Somente pela segunda vez na história os astrônomos podem ter detectado uma chamada exolua, ou seja, uma lua que orbita um exoplaneta.
Estamos batendo a casa dos 5000 exoplanetas descobertos até o momento, e temos milhares de outros planetas para serem confirmados.
Se levarmos em consideração o nosso Sistema Solar, boa parte desses planetas devem ter luas, porém até o momento ainda não confirmamos a presença de nenhuma delas.
Porém, descobrir as luas orbitando os exoplanetas não é uma tarefa muito fácil, por isso, até o momento, os astrônomos só tinham uma candidata a exolua.
Essa primeira exolua surgiu como candidata em 2017, e agora a mesma equipe de 2017 descobriu outra potencial candidata a exolua.
Aparentemente essa equipe de astrônomos está se especializando nisso, o que é bem interessante.
Em um artigo publicado no periódico Nature Astronomy, os astrônomos apresentam o estudo sobre a presença de uma exolua orbitando o exoplaneta Kepler 1708b.
Esse exoplaneta está localizado a cerca de 5500 anos-luz de distância da Terra e é quase do tamanho de Júpiter.
Na verdade os astrônomos envolvidos no estudo vasculharam 70 exoplanetas com tamanho variando de metade até o dobro de Júpiter, atrás de sinais que pudessem indicar uma lua na sua órbita.
O Kepler 1708b foi confirmado pelo satélite Kepler como sendo um exoplaneta através da técnica do trânsito, ou seja, apresentando uma queda na curva de brilho da estrela quando ele passou na frente dela.
E junto com essa curva foi possível detectar uma pequena queda que pode estar relacionada à presença dessa exolua.
Se ela realmente existir, seria uma exolua superlua, ela teria 2.6 vezes o tamanho da Terra, um objeto gigantesco, se pensarmos nas dimensões do Sistema Solar, onde a maior lua Ganimedes, tem 60% do tamanho da Terra.
A exolua, chamada de Kepler 1708b-i, seria um objeto gasoso e não rochoso como as luas que conhecemos, além disso na sua história ela deve ter sido um planeta que foi capturado por um planeta maior.
Os astrônomos precisam confirmar a sua identificação e para isso é preciso usar outros instrumentos, e então registrar novamente o trânsito, mas isso pode demorar.
O próximo trânsito está previsto para acontecer em 24 de março de 2023, então até lá nada de confirmação da exolua.
Mas a vantagem agora é que os astrônomos possuem um novo aliado para fazer essa confirmação, o Telescópio Espacial James Webb, e no futuro próximo terão outros grandes telescópios a disposição.
Pode ser que isso seja o início de algo que está por vir, um momento em que muitas exoluas serão descobertas pelo universo.
Os astrônomos querem muito encontrar exoluas pela mesma razão de encontrar exoplanetas.
Elas têm potencial para revelar como e onde a vida pode emergir no universo.
Elas também são objetos curiosos por si só, para saber como se formaram, se elas podem sustentar vida e se elas têm algum papel na habitabilidade de seus planetas.
Vamos aguardar e ver se essas primeiras candidatas a exoluas se confirmam.
Fonte:
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