As práticas de derrubada e queimada usada por fazendeiros em parte da América do Sul para limpar a terra antes de um novo plantio na primavera contribuiu para a severa estação de incêndios na Amazônia em 2005. O aumento dramático no monóxido de carbono foi registrado sobre a América do Sul em Agosto, Setembro e Outubro daquele ano. Mas um instrumento de satélite também observou a emissão de incêndios viajando longe além do continente. As plumas de gás sem cor, sem cheiro que podem ficar na atmosfera por até três meses, movem-se através do Oceano Atlântico e provavelmente afetaram a qualidade do ar sobre a África. Os cientistas mediram essa passagem do monóxido de carbono usando um instrumento chamado de AIRS que viaja a bordo do satélite Aqua da NASA. O AIRS foi desenhado para medir o vapor d’água, as nuvens, e as temperaturas do ar e da terra. Desde que ele foi lançado os cientistas têm usado esse instrumento para realizar medidas globais de monóxido e dióxido de carbono conseguindo assim imagens sem precedentes da distribuição global dos gases de efeito estufa na atmosfera da Terra. Nas imagens e nas animações aqui apresentadas pode-se ver como o AIRS observa as emissões de monóxido de carbono causadas por incêndios varrendo sobre o Oceano Atlântico, sobre a África, em direção ao Oceano Índico e Austrália.
Fonte:
http://svs.gsfc.nasa.gov/vis/a010000/a010800/a010853/