O lado esquerdo da imagem acima é dominado por uma cratera de impacto sem nome com aproximadamente 75 km de diâmetro. A cratera possui algumas feições interessantes. Sua parede oeste, é bem larga, com extensos terraços e escarpas de escorregamento de terra. O assoalho da cratera é plano, tendo sido preenchido por planícies vulcânicas ou por material derretido pelo impacto que a gerou. Os pequenos picos centrais da cratera, partes do assoalho, e pontos localizados ao longo do anel leste são pontuados com cavidades de alta refletância. Finalmente, como destacado no detalhe, o material ejetado para norte e para leste do anel parece ter fluido ao longo do solo, e formado a escarpa terminal. Um artigo recente de Beary Xiao e Goro Komatsu (encontrado abaixo, na íntegra), discute essa e outras crateras de mercúrio que possuem fluxo de material parecido com material ejetado durante a formação da cratera, e faz comparações com paisagens similares na Lua e em Marte.
A imagem acima foi adquirida como parte da campanha de imageamento estereográfico de alta resolução do instrumento MDIS. Imagens obtidas da campanha de imageamento estereográfico são usadas em combinação com o mapa base morfológico da superfície e com o mapa base da albedo para criar visões estereográficas de alta resolução da superfície de Mercúrio, com uma resolução média de 200 metros por pixel. Observar a superfície sob a mesma condição de iluminação do Sol mas de dois ou mais ângulos de visualização diferentes permite que informações sobre a topografia de pequena escala da superfície de Mercúrio sejam obtidas.
Fonte:
http://messenger.jhuapl.edu/gallery/sciencePhotos/image.php?page=1&gallery_id=2&image_id=1320