No dia 19 de Janeiro de 2014, o instrumento Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer, ou MODIS, a bordo do satélite Aqua da NASA capturou essa imagem de um florescimento de organismos microscópicos na costa sudeste do Brasil. Note como as águas do Atlântico Sul estão escurecidas em uma faixa que se estende por 800 km de extensão de sul para nordeste pela plataforma continental. Na imagem, os fios brancos sobre o mar e sobre a parte terrestre são nuvens.
Biólogos trabalhando na área identificaram o florescimento como sendo da Myrionecta rubra (anteriormente conhecida como Mesodinium rubrum), um protista ciliado que se move rapidamente. Apesar de não ser um verdadeiro fitoplâncton, ele é um autotrófico, ou seja, que gera a sua própria comida. A Myrionecta se energiza pela fotossíntese, mas também pode se energizar ingerindo cloroplastos (plastídeos portadores de clorofila) de outras algas. Além de ameaçar as algas microscópicas que consome, a Myrionecta rubra não é conhecida por ser tóxica para outras vidas marinhas e para o ser humano.
Vista de perto, como no vídeo acima, o florescimento possui uma cor vermelha profunda. Mas esse florescimento aparece quase preto em imagens de satélite devido a como o oceano absorve e espalha a luz do Sol. O floresciemento da Myrionecta rubra tende a flutuar um metro ou dois abaixo da superfície da água, assim, fótons de luz vermelha que estão sendo refletidos provavelmente estão sendo absorvidos ou espalhados em seu caminho de volta para a superfície.
Perto da costa – olhe perto do Rio de Janeiro e de São Paulo – a água tem uma tonalidade esverdeada, talvez seja um sinal de um floresciemtno diferente de um fitoplâncton ou de sedimentos carregados pelas recentes chuvas fortes que atingiram a região.
Fonte:
http://earthobservatory.nasa.gov/IOTD/view.php?id=82968&src=fb