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Satélite da NASA Registra Forte Tempestade Que Atingiu o Alasca


Uma tempestade rara e extremamente poderosa atingiu a parte noroeste do Alasca nos dias 8 e 9 de novembro de 2011, trazendo ventos da força de um furacão e muita neve. Nome, foi a maior comunidade afetada por essa tempestade, sofreu com ventos de 66 mph e por 10 pés de inundação por tempestades. O National Weather Service relatou rajadas de ventos de 85 mph em Wales a noroeste de Nome. Avisos de inundação costeira ainda estavam em efeito através de toda a parte noroeste do Alasca no dia 10 de Novembro de 2011.

A tempestade foi semelhante a um furacão em diversos aspectos. A pressão do ar caiu para 945 milibares, valor comparável a um furacão de Categoria 3. Vista de cima a tempestade também lembrava um furacão, bem como as bandas de nuvens espiralando ao redor do centro de baixa pressão. O instrumento chamado de Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer, ou MODIS que viaja a bordo do satélite Aqua da NASA fez essa imagem reproduzida acima às 14:45 hora local no dia 8 de Novembro de 2011, enquanto a tempestade ainda estava sobre o Mar de Bering e se movia para nordeste em direção ao Alasca. Em 9 de novembro de 2011, a tempestade se moveu longe o suficiente para o norte saindo do campo de visão do satélite.

Mesmo a tempestade lembrando um furacão, seu núcleo estava cheio de ar frio e não de ar quente. A tempestade se formou quando uma corrente de ar úmido e quente do Oceano Pacífico se chocou com o ar frio siberiano e se moveu sobre o Mar de Bering. Ventos fortes soprando sobre longas distâncias permitiram que a tempestade se intensificasse.

Essa é a tempestade mais forte registrada no Alasca desde 1974. De acordo como o Anchorage Daily News, embora a tempestade tenha sido muito forte, nenhum dano sério ou feridos foram reportados até agora. Contudo, a tempestade abalou algumas construções, inundou algumas rodovias e erodiu parte das praias.

Fonte:

http://earthobservatory.nasa.gov/IOTD/view.php?id=76382


Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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