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17 de novembro de 2024

Satélite da NASA Fotografa Evento Raro: Neve no Deserto de Atacama

Ordinariamente os brilhos brancos observados no Deserto de Atacam na América do Sul surgem devido às piscinas de sal. Mas em 7 de Julho de 2011, quando o Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer (MODIS) a bordo do satélite Terra da NASA adquiriu essas imagens, o branco vinha sim de uma fonte rara nessa região: a neve.

Começando no dia 3 de Julho de 2011 e durando alguns dias, uma frente fria depositou mais de 80 centímetros de neve no deserto mais árido do mundo de acordo com o que relatou a BBC.

As imagens acima mostra a maior região coberta por neve já vista em 50 anos na região. A imagem superior fornece uma cor natural para imagem como uma foto com o objetivo de se identificar facilmente a neve, em branco. Algumas nuvens estavam sobre o deserto branco no momento prejudicando um pouco a imagem. A imagem inferior, que inclui dados da luz visível e da luz infravermelha, ajuda a distinguir entre o que é nuvem e o que é neve na imagem. A neve é a parte vermelha escura, enquanto que as nuvens são as tonalidades mais claras de laranja e branco.

Quão raro foi essa pesada nevasca no Atacama? Partes do Deserto do Atacama recebe de 1 a 3 mm de precipitação por ano, a média local é de 50 mm. Essa tempestade deve ficar imbatível por algum tempo na região.

Juntamente com essa nevasca, a tempestade de inverno também trouxe temperaturas muito baixas de -8.5?C para Santiago no Chile. Partes do Uruguai e da Argentina também registraram temperaturas congelantes. Algumas das maiores minas de cobre existentes na região foram fechadas e o transporte de minério foi suspenso devido a neve, às chuvas pesadas, e à inundação, de acordo com as notícias. Mas de 5000 pessoas tiveram que abandonar suas casas no norte do Chile, isso porque muitos telhados dessas casas no Deserto de Atacama não foram projetados para aguentar a neve.

Fonte:

http://earthobservatory.nasa.gov/IOTD/view.php?id=51312&src=eorss-iotd

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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