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Saltos na Noite da Lua

A Lua possui dezenas de milhares de crateras observáveis, centenas de canais, domos e cadeias de mares, e poucas feições únicas. Muitas dessas feições estão concentradas no Oceanus Procellarum, icluindo a Rümker, o Platô Aristarchus, o Vale de Schröter e a Marius hills. Por toda a Lua, os pequenos cones vulcânicos familiares são domos padrões como esses perto de Kies, Hortensius e Cauchy. Eles foram construídos pelas erupções de fluxos de lava desde uma abertura central. Pelo fato das lavas serem fluidas, elas não conseguem construir colinas íngremes, domos normais possuem taludes com poucos graus de inclinação. Mas alguma coisa gerou os flancos íngremes dos cones em Marius Hills. Se você olhar a imagem acima com cuidado você poderá notar que os cones possuem uma forma um pouco irregular.  Para alguns, a base tem um talude tranquilo e o topo é mais íngreme. Outros têm um fluxo associado. Essas observações sugerem que a Marius Hills têm diferentes origens diferente dos domos genéricos. Existe uma evidência espectroscópica para a poeira em muitos dos cones de modo que se possa concluir que provavelmente que as erupções explosivas possam ter gerado equivalentes lunares para os cones de cinzas na Terra. O material ao redor de alguns dos cones é provavelmente um fluxo de lava viscoso. Os taludes sutis na base de outras colinas podem ser devido às lavas normais de domo que são mais fluidas. Assim, existem duas únicas feições de Marius Hills – existe uma grande concentração dos vulcões, e tem mais piroclásticos do que quaisquer outros vulcões na Lua. Responder a essas duas questões de forma razoável é complicado.

Fonte:

http://lpod.wikispaces.com/November+29%2C+2012

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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