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25 de novembro de 2024

Rover Curiosity da NASA Utiliza Direção Reversa Para Proteger Suas Rodas Em Marte

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observatory_15010541O terreno que o rover Cuuriosity da NASA em Marte está agora cruzando é mais suave do que os membros da equipe anteciparam com base em imagens anteriores obtidas da órbita.

Na terça-feira, dia 18 de Fevereiro de 2014, o rover cobriu 100.3 metros, a primeira longa caminhada da missão que usou a direção reversa e é o maior avanço em um único dia feito em mais de três meses.

A direção reversa validou a aplicabilidade de uma técnica desenvolvida com testes na Terra para reduzir os danos às rodas do Cuuriosity quando o mesmo estiver andando sobre um terreno coberto com rochas afiadas. Contudo, a caminhada da última terça-feira levou o rover para um terreno ainda mais benigno.

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“Nós queremos ter a direção reversa em nossa caixa de ferramentas validada, pois existirão trechos da nossa rota que serão mais desafiadores e nesses momentos a direção reversa pode ser útil”, disse o gerente de projetos do Curiosity, Jim Erickson do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, em Pasadena, na Califórnia.

A equipe do rover usou imagens feitas da órbita para acessar possíveis rotas, depois de detectar no final de 2013 que haviam buracos nas rodas de alumínio do veículo, que se acumularam mais rápido do que se pensava. A rota escolhida que pareceu ser menos perigosa para as rodas, necessitou que o rover cruzasse uma duna de areia com 1 metro de altura. O Curiosity cruzou a duna em 9 de Fevereiro de 2014.

Erickson disse, “Depois de termos passado pela duna, nós começamos a dirigir num terreno que se parece com o que nós esperávamos a partir dos dados orbitais. Existem poucas rochas afiadas, muitas delas leves e na maior parte dos lugares existe um pouco de areia ao redor do veículo”.

O destino da missão permanece o mesmo: um caminho científico em primeiro lugar e então um objetivo de longo prazo de investigar os taludes inferiores do Monte Sharp, onde minerais relacionados com a água foram detectados da órbitas.

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O ponto científico, pode acontecer da próxima vez onde o rover Cuuriosity usar sua ferramenta de perfuração e de coleta de amostras, esse ponto é uma intersecção de diferentes camadas de rochas localizadas a aproximadamente 1.1 quilômetros a frente do rover, na rota planejada. Esse local, formalmente chamado de KMS-9 de quando era um dos muitos candidatos a pontos a ser explorado, é agora chamado de Kimberley, para o quadrante geológico mapeado que o contém. O quadrante mapeado foi nomeado em homenagem à região noroeste da Austrália, que possui rochas bem antigas.

Enquanto o rover segue em direção ao ponto Kimberley, e durante o tempo que o rover gastará fazendo investigações científicas nesse local, a equipe utilizará imagens orbitais para escolher um caminho para continuar em direção ao destino de longo prazo.

“Nós mudamos o foco para o olhar o todo, e saber como acessar os taludes do Monte Sharp, por meio de diferentes rotas potenciais e diferentes pontos de entrada para a área de destino”, disse Erickson. “Nenhuma rota será perfeita, nós precisamos definir aquela que será a melhor de todas as rotas imperfeitas”.

O Curiosity já percorreu 285.5 metros desde o dia 9 de Fevereiro de 2014, quando o Curiosity cruzou a duna, totalizando 5.21 quilômetros desde o momento em que pousou em Marte, em Agosto de 2012.

O Mars Science Laboratory Project da NASA está usando o rover Curiosity para acessar antigos ambientes habitáveis e as grandes mudanças nas condições ambientais marcianas. O JPL, uma divisão do Instituto de Tecnologia da Califórnia em Pasadena, construiu o rover e gerencia o projeto para o Science Mission Directorate da NASA em Washington. Para mais informações sobre o Curiosity, visitem http://www.jpl.nasa.gov/msl , http://www.nasa.gov/msl e http://mars.jpl.nasa.gov/msl/. Você pode seguir a missão no Facebook, em http://www.facebook.com/marscuriosity e no Twitter, em: http://www.twitter.com/marscuriosity.

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Fonte:

http://www.jpl.nasa.gov/news/news.php?release=2014-055

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Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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