A visão de raios de luz escorrendo pelo céu através de uma camada de nuvens serviu de inspiração para muitos artistas, cientistas e filósofos. Os cientistas atmosféricos se referem a esse fenômeno como “raios crepusculares”, referindo-se ao período típico de observação do fenômeno que ocorre no nascer ou no pôr do Sol.
As áreas sombreadas que delimitam os raios são formadas por nuvens ou topos de montanhas que bloqueiam o caminho da luz do sol ou do luar. No entanto, a presença obstruções por si só não são suficientes para criar os raios crepusculares. A luz também deve ser refletida pela poeira, aerossóis, gotículas de água ou moléculas de ar, proporcionando um contraste visível entre as partes sombreadas e iluminadas do céu.
Quando observados a partir do solo, os raios crepusculares parecem se irradiarem a partir da fonte de luz devido aos efeitos da distância e da perspectiva. No entanto, os raios são realmente paralelos. Esta fotografia foi feita por um astronauta da Estação Espacial Internacional e oferece uma perspectiva de visualização incomum observando os raios de cima, a partir dessa perspectiva pode-se ver claramente a natureza paralela dos raios crepusculares. No momento da foto, o Sol estava se pondo a oeste (à esquerda da imagem) no subcontinente indiano, e as torres de nuvens do tipo cumulonimbus é que foram as responsáveis pelas obstruções. Os raios crepusculares fotografados acima, estão sendo projetados em uma camada de névoa abaixo das nuvens.
Fonte:
http://earthobservatory.nasa.gov/IOTD/view.php?id=76261