No dia 3 de fevereiro de 2023, um asteroide, que é considerado um dos mais alongados do nosso Sistema Solar, ele tem uma proporção em que o seu comprimento é 3 vezes maior que a sua largura passou a uma distância de cerca de 1.8 milhão de quilômetros da Terra, algo equivalente a pouco menos que cinco vezes a distância da Terra a Lua.
Embora não houvesse risco de colisão, o asteroide que é chamado de 2011 AG5 deu uma bela oportunidade para que os pesquisadores pudessem rastreá-lo usando radar e fazer imagens espetaculares desse objeto.
Essas observações e as imagens realizadas vão ajudar os astrônomos a determinar o tamanho exato do asteroide, a sua rotação, detalhes da sua superfície e além de tudo isso, a sua forma.
Essa passagem do asteroide deu a chance pela primeira vez desde a sua descoberta em 2011 de se olhar de forma detalhada para o objeto. As primeiras observações mostraram que ele tem cerca de 500 metros de comprimento e 150 metros de largura, seria algo da escala do edifício Empire State Building em Nova York. A poderosa antena do radar de Goldstone, com seus 70 metros de diâmetro e que trabalhar a servido da Deep space Network, localizada perto de Barstow na Califórnia, revelou as dimensões desse asteroide extremamente alongado.
Dos 1040 objetos próximos da Terra observados pelo radar planetário até o momento, esse é um dos mais alongados já vistos.
As observações do radar de Goldstone, ocorreram nos dias 29 de janeiro e 4 de fevereiro de 2023, capturando vários outros detalhes do objeto. Junto com uma grande e ampla concavidade em dos hemisférios do asteroide, o 2011 AG5 tem regiões escuras e claras que são bem sutis, e que podem revelar detalhes de pequena escala na sua superfície. Sobre a cor do asteroide, pode-se concluir que se ele fosse visto por olhos humanos, ele seria preto como carvão. As observações também confirmaram até o momento que o 2011 AG5 tem uma taxa de rotação lenta, levando cerca de 9 horas para dar uma volta completa em seu próprio eixo.
Além de contribuir para uma melhor compreensão de como esse objeto é de fato, as observações do radar de Goldstone fornecem uma medida importante da órbita do asteroide ao redor do Sol. O radar forneceu medições de distância com precisão que irão ajudar os cientistas do Centro de Estudos de Objetos Próximos da Terra, o CNEOS da NASA a refinar a órbita do asteroide.
O asteroide 2011 AG5 orbita o Sol uma vez a cada 621 dias e não terá um encontro tão próximo assim coma Terra até 2040, quando passará um pouco mais perto dessa vez, a cerca de 1.1 milhão de quilômetros da Terra, cerca de 3 vezes a distância entre a Terra e a Lua, e sem risco de colisão.
Um fato curioso, é que logo após a sua descoberta, o asteroide 2011 AG5 tinha uma pequena chance de impactar com a Terra, mas as observações contínuas e o refinamento dos parâmetros orbitais descartaram qualquer chance de impacto, e essas novas medições feitas com as imagens de radar reinarão ainda mais a sua órbita para que ele possa ser rastreado com mais precisão no futuro.
O CNEOS calcula todas as órbitas conhecidas de asteroides próximos da Terra para fornecer avaliações de possíveis riscos de impacto. Tanto o Goldstone Solar System Radar Group como o CNEOS são apoiados pelo Near-Earth Object Observations Program da NASA que fica ligado ao Escritório de Coordenação de Defesa Planetária, um dos escritórios que atualmente tem a maior verba da agência espacial. A Deep Space Network recebe supervisão programática do escritório do program de comunicações e navegação espacial dentro do diretório de missões de operações espaciais que também fica na sede da agência em Washington.
Fonte:
https://www.nasa.gov/feature/jpl/nasa-s-planetary-radar-captures-detailed-view-of-oblong-asteroid/