fbpx

QUANDO E COMO O CAMPO MAGNÉTICO DA LUA FOI DESLIGADO? | SPACE TODAY TV EP2078

ASSISTAM O VÍDEO DA NED:

https://www.youtube.com/watch?v=ocw-R7tHsdU&t=329s

————————————————————————————————————

VISITE A LOJA DO SPACETODAY:

https://www.spacetodaystore.com

————————————————————————————————————

SEJA MEMBRO DO SPACE TODAY E AJUDE COM A CRIAÇÃO DE CONTEÚDO SÉRIA NA ÁREA DE ASTRONOMIA:

https://www.patreon.com/spacetoday

https://apoia.se/spacetoday

https://www.youtube.com/channel/UC_Fk7hHbl7vv_7K8tYqJd5A/join

————————————————————————————————————

ESCUTE O PODCAST HORIZONTE DE EVENTOS – EPISÓDIO DE HOJE – BETELGEUSE

https://soundcloud.com/user-956768544/horizonte-de-eventos-episodio-7-betelgeuse-vai-explodir

————————————————————————————————————

Ah, o campo magnético, essa coisa nebulosa, que protege o nosso planeta, e que pode ser considerada uma das coisas responsáveis pela vida existir aqui na Terra.

Marte, por exemplo, perdeu seu campo magnético, com isso perdeu sua atmosfera e então perdeu a água na sua superfície, mas existe em Marte resquícios de um campo magnético.

E a Lua?

Os pesquisadores acreditam que a nossa Lua, há bilhões de anos tinha um campo magnético.

Campo magnético esse que era até mesmo mais intenso que o da própria Terra.

Mas hoje ela não tem esse campo magnético mais. Quando ele parou, e como ele parou?

A resposta talvez esteja em quando o núcleo da Lua parou, lembrando que o campo magnético é produzido por um dínamo interno no objeto planetário.

E como descobrir isso?

Só tem uma maneira, estudando amostras que vieram da Lua nas missões Apollo.

OS cientistas estudam essas amostras, o problema delas é que representam poucos locais da Lua e locais bem pontuais.

O outro problema é que as amostras foram retiradas de terrenos muito antigos, com 2 a 4 bilhões de anos.

Isso é importante, por exemplo, os pesquisadores descobriram que há 4 bilhões de anos, o campo magnético da Lua tinha a intensidade de 100 microtesla, que é o dobro do campo magnético da Terra atualmente que é de 50 microtesla.

Depois, os pesquisadores descobriram que há 2.5 bilhões de anos, o campo magnético da Lua era de 10 microtesla.

Os mecanismos que geraram o campo magnético lunar ainda não são claros, mas certamente está ligado com o dínamo interno do satélite.

Como eu falei as rochas lunares são antigas, porém, em um conjunto de rochas lunares, os pesquisadores descobriram que elas passaram por um impacto massivo a cerca de 1 bilhão de anos atrás.

Nessas rochas os pesquisadores chegaram a conclusão que as rochas se formaram num ambiente com um campo magnético mínimo, cerca de 0.1 microtesla.

Eles então testaram as rochas, colocaram elas num forno, aqueceram até apagar a informação do campo magnético.

Depois expuseram as rochas a um campo magnético artificial mais fraco que o da Lua.

E as rochas se mostraram confiáveis em registrar esse campo, com isso eles concluíram que a cerca de 1 bilhão de anos atrás, o campo magnético da Lua era de 0.1 microtesla e depois disso, o campo não existia mais, ou seja, o dínamo da Lua, o seu núcleo, parou há 1 bilhão de anos atrás.

Os pesquisadores também conseguiram contar uma pequena história sobre o passado magnético da Lua.

À medida que a Lua começou a se afastar da Terra, a precessão lunar começou a diminuir.

Uma alta precessão mantém o campo magnético elevado.

E a cerca de 2.5 bilhões de anos atrás, o núcleo da Lua começou a cristalizar.

Durante esse processo ele ainda produzia um pequeno campo magnético, porém quando o núcleo ficou totalmente cristalizado, o campo magnético da Lua foi totalmente desligado.

O grupo de pesquisadores quer agora medir a direção do campo magnético da Lua para entender perfeitamente todo o processo de evolução do nosso satélite.

Fontes:

http://news.mit.edu/2019/when-lunar-dynamo-ended-0101

https://www.universetoday.com/144506/the-moons-magnetosphere-used-to-be-twice-as-strong-as-the-earths/

https://advances.sciencemag.org/content/advances/6/1/eaax0883.full.pdf

#Moon #MagneticField #SpaceToday

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

Veja todos os posts

Arquivo