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Quando As Rosas Não São Vermelhas

Nem todas as rosas são vermelhas, lógico, mas mesmo assim elas continuam sendo muito bonitas. Da mesma forma, a bela Nebulosa da Roseta e outras regiões de formação de estrelas, são normalmente mostradas em imagens astronômicas com uma tonalidade predominantemente vermelha, isso acontece, em parte devido à emissão dominante na nebulosa, que vem de átomos de hidrogênio. A linha de emissão óptica, mais forte do hidrogênio, conhecida como H-alpha, está na região vermelha do espectro, mas a beleza de uma nebulosa de emissão deve ser apreciada não somente na luz vermelha. Outros átomos na nebulosa, são também excitados pela radiação das estrelas e produzem linhas de emissão estreitas. Nessa bela imagem da Nebulosa da Roseta, imagens feitas em bandas estreitas do espectro são combinadas para mostrar a emissão dos átomos de enxofre, em vermelho, hidrogênio em azul, e oxigênio em verde. De fato, o esquema de se mapear essas linhas de emissões atômicas estreitas em cores mais amplas é adotada em muitas imagens que o Hubble faz dos berçários estelares. A imagem da Nebulosa da Roseta se espalha por cerca de 100 anos-luz, considerando a distância de 3000 anos-luz, da Terra, até a nebulosa, e ela está localizada na constelação de Monoceros. A imagem abaixo mostra a Nebulosa da Roseta só na cor vermelha, ou seja, só a emissão dos átomos de hidrogênio.

Fonte:

https://apod.nasa.gov/apod/ap180222.html

Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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