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Puppis A – Uma Antiga Supernova Agora Revelada


Aproximadamente a 3700 anos atrás as pessoas na Terra teriam visto uma estrela nova muito brilhante no céu. À medida que ela foi se apagando e sumindo da vista, ela foi sendo eventualmente esquecida, até que os astrônomos modernos encontraram o que restou dela, a chamada Puppis A. Vista como uma nuvem empoeirada e vermelha nessa imagem feita pelo Wide-field Infrared Survey Explorer da NASA, a Puppis A é a parte remanescente de uma explosão de supernova.

A Puppis A se formou quando uma estrela massiva termino sua vida em uma explosão extremamente brilhante e poderosa. As ondas de choque que se expandiram dessa explosão estão aquecendo a poeira e as nuvens de gás ao redor da supernova, fazendo com brilhem e criem a bela nuvem vermelha que nós podemos observar aqui. Muito do material da estrela original foi violentamente expelido para o espaço. Contudo, uma parte desse material permanece em um objeto incrivelmente denso chamado de estrela de nêutrons. Essa estrela de nêutrons, muito apagada para ser vista nessa imagem, está se movendo a uma velocidade extremamente alta, algo superior a 3 milhões de milhas por hora. Os astrônomos estão perplexos com a absurda velocidade do objeto e apelidaram a estrela de Bala de Canhão Cósmica.

Uma parte do gás e da poeira de coloração verde que é observado na imagem acima é proveniente de outra antiga supernova, a remanescente da supernova da Vela. Essa explosão aconteceu a aproximadamente 12000 anos atrás e numa região quatro vezes mais próxima da Terra do que a Puppis A. Se nós tivéssemos  uma visão de raio-X como o Super Homem, ambas as remanescentes (Puppis A e Vela) seriam os maiores e mais brilhantes objetos que nós veríamos no céu noturno.

Essa imagem foi feita a partir de observações realizadas por todos os quatro detectores infravermelhos a bordo do WISE. A cor azul e ciano (azul esverdeado) representa a luz infravermelha no comprimento de onda de 3.4 mícron e 4.6 mícron, emitida principalmente pelas estrelas, os objetos mais quentes que aparecem na imagem acima. A cor verde e a cor vermelha representa a luz infravermelha com comprimentos de onda de 12 e 22 mícron emitida principalmente pela poeira aquecida na região.

Fonte:

http://wise.ssl.berkeley.edu/gallery_Puppis_A.html



Sérgio Sacani

Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.

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