Novas e detalhadas simulações computacionais têm mostrado como uma significante proporção de estrelas que nascem podem surgir aos pares, como a maioria das estrelas existentes em sistemas binários atualmente.
As primeiras estrelas do universo são previstas para estarem entre as estrelas mais massivas, mas elas também podem explodir como supernovas alguns milhões de anos após a sua formação. Na tentativa de tentar aprender alguma coisa sobre isso, Matthew Turk e Tom Abel do Instituto Kavli para Física de Partículas e Astronomia e Brian O’Shea da Universidade Estadual de Michigan, rodaram simulações que descreviam o nascimento dessas primeiras estrelas. Em quatro simulações, as estrelas se formaram sozinhas, mas em uma das simulações um sistema binário foi formado, com duas estrelas com massa 6.3 e 10 vezes maior que o Sol. As simulações terminaram com as estrelas ainda em estágio de crescimento, essas primeiras estrelas foram previstas para ter mais de 100 a 200 vezes a massa solar.
Conseqüentemente ambas as estrelas iriam explodir como supernovas, ou talvez como explosões de raios-gamma, possivelmente criando até buracos negros ou estrelas de nêutrons, e nesse caso a interação entre os dois buracos negros e as estrelas de nêutrons poderia ser identificada hoje.
“Essas estrelas poderiam se desenvolver formando buracos negros, que poderiam ter criado ondas gravitacionais que seriam detectadas”, disse Tom Abel. “Ou uma das estrelas poderia se desenvolver em um buraco negro, que poderia criar explosões de raios-gamma que seriam facilmente detectadas com os experimentos da NASA, Swift e o Fermi”. As explosões de raios-gamma mais distantes observadas até hoje tiveram sua origem entre 800 e 900 milhões de anos após o Big Bang, bem distante ainda da era de geração das primeiras estrelas 400 milhões de anos após o Big Bang, mas isso pode ser somente uma questão de tempo até que se detecte uma explosão de raios-gamma originada nas primeiras estrelas do universo.
Imagem da simulação computacional da geração das primeiras estrelas do universo
Fonte: Revista Astronomy Now